quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Um vírus educativo!

Resolvi ler a caixa anti-spam do meu e-mail e me deparei com a mensagem que diz:

Você ganhou um vale presente da Boticário no valor de R$75,00. Você foi
contemplado na Promoçao Respeite Minha Natureza - Pulseira Social. Alguem pode
te-lo inscrito na promoção. (amigo(as), namorado(a) etc). Para retirar o seu
premio em uma de nossas Lojas, faça o download do Vale-Presente abaixo. Após o
download, com o arquivo previamente salvo, imprima o vale e leve a uma loja do
Boticário. Lembramos que o Vale-Presente é valido por 30 dias.

Segue um link que, obviamente, instala um vírus no computador da pessoa. O inusitado desse e-mail é o título: Parabens, Você foi Sortiado

Ou seja, pra cair no golpe o sujeito tem que desconhecer de internet e de ortografia. É a seleção natural digital.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Onde isso vai parar?

Eu escrevi certa vez que, se a gente continuar aceitando que os prestadores de serviço continuem nos atendendo mal, vai chegar o dia em que eles passaram a nos dar ordens, gritar conosco e nos ofender.

Bom, o Supermercado Extra já manda os clientes trabalharem como empacotadores. Agora leiam isso:

Venho através desta comunicar um fato no mínimo LAMENTÁVEL ocorrido hoje, 11 de março de 2006, entre as 22h:20m e 22h:40m. A assinante é XXXXX XXXXXXX XX XXXXX e o número telefônico é (**) **** ****. Sou o neto da assinante, XXXX XXXXXX.

Liguei para a central de relacionamento 3 vezes para solucionar problemas com a recepção do sinal SKY. Estava assistindo a um filme e me incomodava a falha de sinal que prejudicava o áudio e a imagem do mesmo.

Conversando com o primeiro operador da CENTRAL SKY, ouvi as recomendações sobre os procedimentos realizados em caso de falha de sinal (apesar de já sabê-los de cor).

Não gostaria de ter que salientar a qualquer operador de telemarketing minha qualificação técnica e profissional na área de TI, como analista de suporte. Desenvolvo redes, configuro hardware e software, etc. Queria somente o justo atendimento e informações que escapam de meu domínio para solucionar o imprevisto.

Verifiquei o cabo coaxial, refiz A CONEXÃO DO CABO, VERIFIQUEI A POSIÇÃO DA ANTENA, ou seja conferi a parte de HARDWARE basicamente. Liguei para a central para adquirir informações do SOFTWARE.

O tratamento de REJANE da suposta central de SÃO PAULO não teria sido melhor não fosse o MUTE da PA desta profissional de telemarketing FALHAR. Ouvi adjetivos tais quais "O IDIOTA DO CLIENTE ALTEROU AS CONFIGURAÇÕES DO DECODER E AGORA ACHA QUE MEXER NA CONFIGURAÇÃO AVANÇADA VAI ADIANTAR..."

Eu não sou assinante da SKY e nunca serei, provavelmente. Mas farei questão de, a partir de hoje, como BOM FORMADOR DE OPINIÃO, exemplificar o tratamento exemplar que os profissionais contratados pela SKY dispõem aos clientes com dúvidas.

O melhor meio de comunicar e divulgar o produto de uma empresa é ter CLIENTES SATISFEITOS.

Caso não tenha uma resposta satisfatória para este fato lamentável, farei questão também de usar e abusar dos meios de comunicação disponíveis, a começar pelas colunas de jornais e revistas desta capital, Salvador-BA.
Eu omiti o nome e o número do telefone porque isso não importa no texto. O tal neto é meu amigo e me deu autorização pra mandar esse e-mail. Ele recebu uma resposta qualquer da SKY, dizendo que preza o relacionamento com os clientes e blá, blá, blá... Mas ao que parece, eles não consideraram muito grave a atitude da atendente. O que virá depois?

sábado, 26 de agosto de 2006

Meu coração não se cansa.




Hoje foi dia do meu exame de esforço.

O exame estava marcado para as 14h30m, mas eu cheguei às 13h43m.

É bom chegar cedo no médico. Se você chega atrasado, mesmo que seja 3 ou 4 minutos, e ainda tem que esperar 57 minutos pra ser chamado, não pode fazer cara de insatisfeito, pq a atendente vai te olhar com aquele ar de: "Que foi? Você chegou atrasado!" Se chegar cedo, a atendente te dá um sorriso e te considera um sujeito legal, cumpridor de suas obrigações, uma pessoa boa com quem se trabalhar. Mas aí, o médico se atrasa do mesmo jeito e ela olha pra você como quem diz: "Ele nem está tão atrasado, você é que chegou cedo demais".

Fiquei na sala de espera, até que a moça me chamou. Na outra sala uma outra paciente que já tinha sido preparada pro exame reclamava: "Eu vou ter que ficar esperando aqui? Nesse frio? Eu estava bem melhor lá na cama!" A enferemeira perguntou se ela queria que desligasse o ar condicionado. Ela disse que o que ela queria mesmo era esperar deitada, porque ela tinha que ficar sentada enquanto preparava outro paciente? já que a médica não tinha chegado, que deixasse ela esperar deitada. Pensei comigo mesmo que, sendo nervosa e preguiçosa daquele jeito, não era à toa que ela estava com problema de coração. Lembrei imediatamente que eu também sou nervoso e preguiçoso. Pedi a Deus que não fosse tanto.

A enfermeira começou a colocar uns negócios nos meus pulsos e tornozelos. Eram uns pregadores de metal gigantes ligados por fios a uma máquina. Imaginei que aquilo envolvesse eletricidade. Desliguei o celular com medo que tivesse alguma interferência. Me angustiei porque a enfermeira ficou batendo papo com a outra, enquanto eu imaginava toda a eletricidade que passava pelo meu corpo naquele momento. E se algo desse errado? Ela iria notar antes que fosse tarde demais? Essa mulher não vê filmes de terror onde essas máquinas sempre dão curto e matam quem está ligado a elas?

As enfermeiras ignoravam a minha presença e deviam achar que problemas cardíacos causam surdez, porque conversava, sobre tudo sem a menor discrição. Uma falou sobre a (im)paciente que queria continuar deitada e disse: "Só se agora eu tenho uma nova chefe, pra me dizer o que fazer". Depois passaram a falar sobre uma fulana que anda faltando muito ao serviço e não recebe falta nem precisa compensar, e o serviço sobra pra uma outra que trabalha no mesmo setor. Ao que parece essa fulana sofreu uma tragédia familiar, mas perdi o capítulo em que explicava o que foi, e as duas tinham pena dela, mas isso não justificava aquele comportamento. A suspeita era que ela estava saindo com algum médico que dava cobertura a essas faltas. E pelo visto, o médico devia ser muito feio ou muito antipático, porque uma disse: "Deus me livre, logo quem, tem gente que se presta a tudo".

Depois disso a enferemeira tirou os pregadores, raspou o meu peito em alguns lugares e prendeu uns adesivos redondos.

Voltei pra sala de espera e a nervosinha não conseguiu, mais uma vez, voltar pra deitar na maca, pois entrou uma senhora. A médica chegou pontualmente com 30 minutos de atraso. Mais meia hora e a enfermeira pediu pra eu entrar numa sala e tirar a camisa. Na sala havia um desfibrilador (acho que é esse o nome) que eu já vi em muitos filmes de médico. Estava quebrado, o que não me tranqüilizou nem um pouco.

A nervosinha tinha terminado o exame e parecia calma. Na verdade, estava bem relaxada, contando sobre sua vida e fazendo perguntas à médica. Disse que pagou seis meses adiantado de academia pra se forçar a ir. E perdeu o dinheiro porque não foi. Enquanto isso, eu ficava nervoso porque ela já deveria ter saído.

Finalmente entrei. Fiz o teste, que consiste em andar numa esteira, cada vez mais rápido e inclinado, enquando uns fiozinhos ligados nos adesivos redondos vão marcando alguma coisa. Eu não sei o que eles marcam, mas tinha umas horas que os números ficavam vermelho... o que não pode ser bom. Ninguém seria insensato de marcar com vermelho uma coisa que não fosse ruim.

O pior é que cada vez que eu olhava pros números, a coisa piorava...

Ao final, a médica disse que eu estava fora de forma!

Tudo isso pra dizer algo que eu mesmo poderia dizer deitado em minha casa, vendo TV?

Não acho que valha a pena passar por isso de novo.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Supresas da vida

Por mais chocante que possa parecer, Andréa me ensinou algo na Internet. Ela me apresentou o site GoEar. Pra adiantar o assunto, é um Youtube só que com áudio apenas.
Isso significa que eu posso colocar um áudio aqui, que aparece um controle e só ouve a música quem quiser. Pra sossego de Jorginho.

Como o youtube, é preciso esperar carregar todo o áudio, mas é rápido!

Essa música é cantada por Laurinha. Quero ver você no baile.

domingo, 20 de agosto de 2006

Dúvida repentina

Que vantagens e desvantagens o espaço oferece para a prática sexual?

Na ausência de gravidade a cada ação corresponde uma reação igual e contrária. Por isso, para se fazer sexo no espaço é preciso um cinturão elástico em torno da cintura dos parceiros, para mantê-los unidos. Mas a ausência de gravidade, que atrapalha um pouco, permite uma série de posições impossíveis na Terra. Isso ainda está sendo objeto de estudos secretos. Secretos porque envolvem a intimidade dos astronautas.


Em primeiro lugar, seria bom que vocês se certificassem que a pergunta (e principalmente, a resposta) consta do site da Agência Espacial Brasileira. Basta clicar no título desse post.

Agora aos comentários:


Vendo os companheiros de viagem do único brasileiro lançado ao espaço, será por causa desses estudos secretos que o Marcos Pontes se aborreceu com o governo e resolveu se aposentar?

Quais seriam essa posições impossíveis que o brasileiro testou no espaço?

A que interessa ao governo brasileiro um estudo sobre sexo na ausência de gravidade, já que são remotas as chances do cidadão comum se beneficiar dessas vantagens?

Por que o estudo é secreto, se as outras sacanagens do governo estão a público e ninguém tá ligando?

Festa PLOC

Ontem foi o dia da FESTA PLOC 80's em Salvador. Logo na entrada um pessoal vestido de Caverna do Dragão, Smurfs, Paquitas, He-Man e outros, recepcionava as pessoas.

O clima era de pura diversão e saudosismo, quando olhávamos para o telão e víamos aberturas de novelas como TIETA, A GATA COMEU e cenas como a morte de Odete Roitman, vinhetas da Globo, Sílvio Santos caindo no tanque de água no Topa Tudo por Dinheiro. Uma cena de Caverna do Dragão chegou a ser aplaudida!

Sem ser bairrista e sem querer desmerecer a Banda PLOC e seus convidados, ficou provado que Salvador sustenta sua própria festa saudosista, sem precisar de gente de fora. Claro que foi bom ver Rosana, Afonso (ex-Dominó), Silvinho (ex-Abysintho), Luciano (ex-Trem da Alegria) e Inimigos do Rei (ex-Inimigos do Rei). Mas um show só com as atrações locais já seria bom demais.

Por ordem de apresentação entraram:

Apresentadora.
Foi ruim quando: apareceu com aquela fantasia que ninguém sabe o que representava; leu o texto (ao que tudo indica pela primeira vez) com uma péssima entonação, estragando todas as referências que o mesmo continha. ("essa festa é mais uma armação!" - pausa - "Ilimitada produzia pela...")
Foi bom quando: saiu do palco.

Luis Caldas
Foi bom quando: cantou várias músicas suas conhecidas dos anos 80, levando o público a dançar ti-ti-ti, deboche, fricote e a sair deseperado em busca de ar e água.
Foi ruim quando: cantou umas 3 ou 4 músicas que não eram suas, nem conhecidas, tampouco dos anos 80.

Alexandre Peixe
Foi bom quando: cantou hits antigos dos blocos de carnaval.
Foi ruim quando: eu tive que ouvir todo o show numa enorme fila para comprar mais cerveja e água.

Abiúde
Foi ruim quando: começou cantando "Meu Mel", mas o microfone estava desligado; recebeu um recado para encerrar o show mais cedo.
Foi bom quando: cantou "Vou de Táxi", com peruca de Angélica, "Se tu não estas", do Menudo, "Devaneios", de Julio Iglesias, entre outros; a galera exigiu ao berros, aplausos e vaias pra produção, que deixassem ele voltar ao palco pra continuar o show e ele cantou "Não Se Reprima".

Inimigos do Rei
Foi ruim quando: entraram aqueles senhores me fazendo lembrar uma declaração de Rita Lee de que, pra ela, "revival" era um monte de velhinho tentando pagar a conta do geriatra; cantaram Titãs, que eu não gosto.
Foi bom? Quando?

Banda PLOC
Foi ruim quando: a loura cantou sozinha... a mulher é muito ruim.
Foi bom quando: o rapaz cantou, ele é melhorzinho que a loura; abriu espaço pros convidados.

Rosana
Foi bom quando: apareceu no palco. A galera foi ao delírio! Ela não cantou exatamente. Tava mais fazendo back vocal pro público que cantava "Como uma Deusa". Enrustidos que se seguravam desde a década de 80, soltaram suas deusas nessa hora: muitos namoros terminaram ali, tenho certeza! O público cantava e ela só nos "ós, aas", mas parecendo Gretchen.
Foi ruim quando: depois de acompanhar o público em "Nem um toque", ela anunciou que ia cantar outra música, pra espanto de todos que não conseguiam imaginar que outra música Rosana conhecia. Aí ela anunciou "It´s Rainning Men" e começou um "embromation" de dar dó. Da letra original, apenas as palavras "men" e "aleluia" eram compreendidas.

Sylvinho Blau Blau
Foi bom quando: cantou sucessos dos anos 80, como Garota Dourada e terminou com seu grande sucesso Ursinho Blau Blau.

Afonso Nigro
Foi bom quando: cantou sucessos do Dominó e de outras bandas.

Luciano Nassyn
Foi ruim quando: eu pensei que deve ser triste pra um adulto fazer carreira cantando músicas que dizem "De chocolate o amor é feito" ou "vamos amigos, unidos venceremos a semente do mal".
Foi bom quando: a gente pode achar um lugar pra sentar e assistir ao show pelo telão.

Depois disso, saímos sem assistir ao show de Faustão. Já era 5 da manhã e quem viveu os anos 80 não tem mais idade para estar na rua até tão tarde.

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Fim de semana em Nazaré

Final de semana passado, dia dos pais para muitos, fui visitar minha mãe que está morando em Nazaré. Por sinal, a cidade onde eu nasci.

Como não levamos o carregador e a máquina estava quase sem bateria, tiramos fotos na convencional, por isso, só depois que acabar o filme e o revelarmos, eu farei outros comentários sobre a viagem.

Mas alguns instantâneos da digital merecem explicações.




Aqui vemos Alberto comendo de tudo que pode encontrar por lá: bolo de aimpim, fruta-pão, cocó, aimpim... isso só no café da manhã, porque teve cozido no almoço, bobó de camarão no jantar, pizza, lazanha...









Aqui vemos, ou tentamos ver, minha mãe, correndo como louca tentando preparar comida suficiante pra atender Alberto.









Abaixo uma foto de minha Tia Anita, irmã de minha mãe. Beto se espantou porque toda vez que eu pedia a indicação de um lugar, como tem anos que não vou a Nazaré, eu procurava referências e perguntava: "Ali, perto de onde tia Anita morou? " Quase sempre era. E sempre que chegávamos no lugar, ele notava que era um ponto diferente da cidade. Aí ele não agüentou mais e perguntou: "Afinal onde é que essa sua tia morou?", e eu respondi: "Em quase todo canto dessa cidade". É uma das piadas na família o número de vezes que tia Anita se mudou, que só perde para o número de empregadas domésticas que ela teve.



No sábado vimos o anúncio de um circo. Custava R$ 1,00 e a grande atração anunciada era A MULHER DEGOLADA VIVA. Alberto não sossegou enquanto não descobriu onde era o tal circo. Minha mãe disse que era na feira nova. Local que eu, definitivamente, não conhecia. Meu primo complementou a informação de que era no caminha da Naísa (uma fábrica). Eu logo localizei: "Perto de onde Tia Anita morou?" Isso!

Fomo ao circo. Beto ainda convenceu meu primo e a noiva a irem. Pagamos 4 reais e entramos. Como eu não confiei que a arquibancada agüentasse eu, Beto e Finho (meu primo) e achei que ela cairia, arrastando a pobre e sílfide Jane conosco, pagamos mais 4 reais (no total) pra sentarmos numas cadeiras que ficava mais perto do palco. Por causa da falta de bateria, eu não pude tirar fotos de todo o "espetáculo", reservando tudo para o show da Degolada.

Na abertura, 6 mulheres dançando a dança do ventre, ou do véu, ao som de Khaled... Umas bem barrigudas, por sinal. Uma tinha um ar mal-humorado e eu logo deduzi que ela seria a Degolada da noite. Não dá pra uma mulher fazer movimentos sensuais e ainda por cima sorrir, quando sabe que será degolada em pouco mais de uma hora.

O primeiro número (considerando que as renascentistas do véu era um bônus) foi o Monociclista Maluco. Meu primo disse que era o dono do circo. Ele andou num monociclo imundo, e errou tudo na hora de passar entre as garrafas. Pra piorar, soltou uma coisa da roda e ele tentava ajeitar, mas o narrador não estava vendo nada e continuava o script: "Agora, ele apanha a primeira garrafa... muito bem... agora uma garrafa menor" E a gente vendo o sujeito ajeitando a roda do monociclo. No final o narrador anuncia: "Agora, ele andará de costas", o cara dá uma pedalada de costas, caí, pega o monociclo com a mão, encerra o show e o narrador continua: "Muito bem, palmas para ele"

Em seguida entrou um palhaço, com piadas pra lá de pornográficas.

Depois uns meninos subiram num trapézio. Um número muito arriscado. Pra nós que pagamos um real a mais pra ficar na cadeira; o trapézio ficava em cima das cadeiras. Se um daqueles moleques despencasse, caía na gente.

Depois veio uma moça que colocava um copo na cabeça e subia uma escada.

Depois veio um cara com chicote. Era o mesmo monociclista. Entraram as seis dançarinas que seguravam papéis e colocavam coisas na boca pra ele tirar com o chicote. Numa das tentativas o papel que a mulher segurava com a boca não saiu nas 3 chicotadas de praxe e ela não se apertou. Cuspiu o papel longe e tirou a cara da frente.

No meio do show, entrou um bêbado na arquibancada que gritava: "As muié! Eu quero ver as muié". Quando alguma mulher entrava no palco, ele aplaudia, assoviava e dava urras. Bastava entrar qualquer outro pra ele mandar sair.

Aí chegou a hora da rumba. Cada uma das mulheres dançava com uma fantasia diferente pra delírio do bêbado.

Outro palhaço, que nós identificamos como o monociclista, de novo. Um número do Homem Aranha e os 13 passos da morte, que consistia em dar 11 passos de cabeça pra baixo num pau suspenso, encaixando os pés. Eu deduzi que o Homem Aranha, na verdade um dos meninos do número do trapézio, decidiu parar com uma margem de segurança de 2 passos, já que o número eram os 13 passos da morte.

Finalmente o grande número da noite. A MULHER DEGOLADA VIVA.

Entrou um senhor, que agradeceu por termos saído do conforto do nosso lar para termos ido ao desconforto daquele circo. Achei sincero da parte dele. Desejou que Deus nos desse em dobro o que dávamos pra ele. Fiquei pensando que eu e meu primo ganharíamos 8 reais cada um, já que ele pagou as entradas e eu, as cadeiras vips. Aí ele disse que a Escola de Mágicos obriga ele a avisar pra não fazermos isso em casa. O resto do número... bem só vocês vendo as fotos.

Antes da degola.


Durante a degola. Vejam o mágico enfiando a faca.



Depois da degola. Será que eles arranjam as ajudantes em cada cidade?

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Escolhas

O que vocês acham pior?

Ter o chefe no orkut;

Ter um amigo muito querido que manda correntes com seu e-mail;

Ter a sogra no MSN;

Ter uma corretora de automóveis com seu número celular;

Ter uma obra assistencial com seu número residencial.

Qualquer dúvida sobre como decidir, eu tenho todos esses.

Não me inveje, trabalhe!

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Ver ou não ver.

Vi no blog de Tiago (a lista de links serve pra essas horas, vá lá) que Jô Soares adaptou Shakeaspeare. A indignação, ou mero espanto, de Tiago foi com a adaptação seja ela qual for. Pra mim, a grande heresia está no ator principal. Marcos Ricca??? O cara consegue ser ruim em novela da Globo contracenando com Adriana Estevez em seu pior momento. O pior é que qualquer espetáculo com ator global dá público. Seja como for, posso estar me precipitando e o texto ser uma adpatação memorável e primoroso (como Senhor, como poderia ser isso?) e Marcos Ricca pode estar interpretando muito bem (ô, meu pai, quem dera!). Por isso vamos esperar pra ver se essa pérola vem à Bahia e vocês me contam. Porque eu é que não vou ver.

Antes que corrijam, eu sei que "ser ou não ser" é de Hamlet, mas foram eles que resolveram montar Ricardo III. Se adaptassem Hamlet o texto do post estaria correto.

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

E aí?

Meu amigo Claudinho é co-autor ou colaborador (certamente virá um comentário explicando, inclsuive, a diferença entre ambos) da próxima novela da Record. Eu, Déa e Beto, pedimos pela comunidade da novela no orkut a inclusão de Lucinha Lins no elenco.

Exagerando ainda mais, eu pedi uma cena em que ela cantasse "É de Chocolate". Se a Record não vai aproveitar a idéia de uma novela musical, problema dela, Floribella ta aí no maior sucesso.

Não contente em submeter nosso amigo a todos esses vexames, Beto pediu um papel na novela. E vejam vocês que o fato de não ser, nem nunca ter trabalhado como, ator é o menor dos problemas. Beto, que é afro-descendente, daqueles que entraria por cota sem qualquer discussão, do tipo que se gritar "Racismo" faz qualquer gerente de loja se mijar, que tem mais cravo e canela que Gabriela, além da pimenta-de-cheiro, quer fazer o papel do filho de Lucinha Lins. E quer que o tema dela seja Miúcha cantando: "Cabocla, teu penacho é verde..."

Até aqui, um monte de piada interna, e nosso amigo deve ter rido e solenemente ignorado, como manda o bom senso. Mas agora vem mais.

Diogo Lopes embarcou na nossa viagem, apesar de nenhum alucinógeno ter sido usado e/ou compartilhado, e pediu que quando eu encontrasse Claudinho dissesse que ele também quer um papel. A princípio queria ser o outro filho bastardo de Lucinha. Pra quem não conhece, Diogo também usa protetor FPS15 apenas porque é politicamente correto. Depois de várias discussões, ele concordou em ser amante da loira/loura e, conseqüentemente, pai de Beto.

Já Márcia Andrade , que também estava presente (você nunca encontra um ator de teatro sozinho, eu pelo menos nunca vi. Autor, sim, mas ator, nunca, vem sempre no mínimo 2 no cacho), pediu o papel de secretária de Lucinha Lins e já começou a ensaiar o texto:
- Sim, D. Lucinha!
- Pois não, D. Lucinha!
- Desculpe, mas D. Lucinha não pode atender.

Ela acredita que o melhor nome pra personagem de Lucinha Lins é Lucinha.

Eu já expliquei que, pela escalação do elenco que eu vi, eles não tem mais idade nem pra ser pai dos protagonistas, mas eles pediram pra dar o recado.

Preferi colocar aqui no blog, porque assim Claudinho pode dizer que não viu, não recebeu o recado, etc.

Post originalmente publicado em 04/11/2004

De onde eu venho.


Quando minha avó paterna, Júlia, faleceu, eu não era nascido.

Depois foi meu avô materno, Manoel. Eu era muito pequeno.

Eu já tinha uns 14 ou 15 anos quando meu avô paterno, Antonio, faleceu. Meu pai, que também se chama Antonio, me ligou e disse: "Seu avô faleceu. Avise seu irmão e sua mãe. Mas não é pra deixar de ir pra escola".

Eu tinha uns 22 anos quando minha avó materna, Maria, faleceu. Eu era novo no emprego e Marcília, minha chefe, deu milhares de razões pelas quais não podia me dispensar. Eu racionalizei que não havia nada a ser feito, engoli emoções, achei que não podia ajudar mais em nada e me resignei. Nunca me perdoei por isso. Agi exatamente como há 10 anos antes, quando meu pai me disse que tocasse minha vida normalmente. Como se a morte de um parente não mudasse em nada as minhas obrigações do dia a dia.



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Durante muito tempo eu tive um sonho esquisito. Sonhava que meu avô Manoel estava enterrado na fazenda onde ele morou e, de repente se levantava vivinho da silva. Toda a família ficava alegre, menos eu que, racionalizava que aquilo era impossível porque aquele homem estava morto e não poderia ter voltado à vida.

Um dia o sonho foi diferente. Ele levantava mas, de repente, tudo o mais sumia e ficavam só ele e minha avó Maria, dançando. Acordei e recebi uma ligação informando que ela havia falecido.



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O significado do segundo sonho é claro. Mas o primeiro, eu sempre interpretei como o meu desconforto por ser o único que não conheceu meu avô, enquanto que o resto da família, inclusive meus primos, ficavam alegres por revê-los.

Pensei esse dias que não é bem assim. O problema sempre foi o fato de eu racionalizar mais do que sentir. O excesso de pensar, de procurar explicações, de tentar ver o que era correto, muitas vezes me impediu de simplesmente aproveitar as coisas.



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Recentemente minha tia faleceu. Não havia trabalho a me impedir de ir ao funeral, mas uma impossibilidade devido à distância e aos horários de ônibus. Hoje eu sei que faz diferença estar lá. Principalmente para dar suporte a minha mãe, Annete. Ao contrário de meu pai, minha mãe é uma pessoa muito ligada à família. Está sempre dando suporte a um parente, mas às vezes precisa de ajuda.

Há uns 7 anos, eu mandei às favas minha racionalização, meu medo de errar, meu exagerado senso do que é certo ou errado. Por isso, há 7 anos, eu estou amando e sendo amado. Sem medo, sem receios, sem razão alguma.

E ver que, num momento em que eu não posso estar lá, junto de minha mãe, o meu amor foi lá e cuidou dela, mostra que eu estou mais do que completo como estou... estou em dobro!



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Eu não sei porque pensei nisso agora. Talvez porque essas pessoas estejam sempre tão presentes comigos. Afinal, eu sou De: Júlia, Antonio, Manoel e Maria, Antonio e Annete, e nem sempre é fácil carregar esse povo todo.


Esse post foi republicado em função de um comentário sobre meu nome. Adoro quando dizem que meu nome é diferente. Só não gosto quando pensam que é homenagem a Djavan. Que homenagem ridícula seria...

sábado, 5 de agosto de 2006

Repassando

Esse texto quem me passou foi o leitor, colaborador, consertador de computador, pensador, pegador, matador e comedor, Benício. Aqui é assim: mandou um texto, ganha créditos. Todos eles.

CARTA ABERTA AO BRADESCO

Delman Ferreira

Senhores Diretores do Bradesco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.

Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima.

Que tal?

Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.

Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma "taxa de acesso ao pãozinho", outra "taxa por guardar pão quentinho" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.

Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.

Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.

Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de conta".

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos.

Agora ao invés de um "por fora" temos muitos "por dentro".

- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês – os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.

- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".

- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quentinho".

- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.

Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade.

Brasília, 30 de maio de 2006.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...