domingo, 18 de agosto de 2013

Mas realmente

Você gostaria de ler uma biografia não autorizada sobre a Família Real Inglesa? E sobre a Princesa Holandesa? 
Pois essas biografias existem e você, eu, os ingleses, os holandeses e todos os habitantes de outros países, monárquicos ou republicanos, podemos ler. 

Não importa o quanto a Rainha Elizabeth ou a Princesa Máxima tenham odiado esses livros, eles são publicados em seus países. 
Do ponto de vista legal não havia como a realeza proibir essa publicação, ainda que contrária a seus interesses. Não que eles não tenham tentado, mas o fato de não conseguirem só demonstra que o interesse da realeza, ao contrário do que muitos pregam, não se sobrepõe ao interesse coletivo e aos direitos à liberdade de expressão e ao exercício da liberdade do jornalista. 

Agora, tente ler a biografia do Rei Roberto Carlos. E um certo filme da Rainha dos Baixinhos. 
No republicano e democrático Brasil, os interesses pessoais se sobrepõe a reconstituição histórica e representação de personalidades públicas. 
Não que as pessoas públicas não tenham direito a individualidade. Mas o que se fala aqui é de se proibir o relato de fatos públicos, em nome de uma privacidade. 
O livro sobre Roberto narrava apenas sua carreira e o único fato que seria pessoal era a descrição do acidente que amputou parte de sua perna, mas mesmo assim, o autor se baseou em notícias que saíram no jornal da cidade na época. 

Pode parecer uma discussão menor, sobre querer ver o vídeo da celebridade que foi fazer sexo numa praia pública e depois alegou "invasão de privacidade". Mas é mais do que isso. 
Esse mesmo senso distorcido que impede que se fotografe um time de vôlei, porque a "princesa" joga nele, também proíbe reportagens com denúncias sobre esse ou aquele políticos, mesmo quando há processos contra o político e que não estão sobre segredo de justiça. 
Também faz com que uma autora de um blog seja condenada a pagar uma fortuna a Sarney porque publicou as ações em que ele figura como parte. 

Não é a monarquia que permite o absolutismo e o autoritarismo. É a ignorância e passividade da população. 

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...