domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os pingos dos is

Acabo de receber um email intitulado "carta crime", em que o pai do menino Lucas Terra clama por justiça e denuncia que o assassino de seu filho continua solto. Quem ainda não recebeu esse email-corrente, pode pesquisar na internet para ver a peregrinação desse pai.
O caso de Lucas Terra realmente foi trágico.
Não censuro a família pela sua busca de Justiça, inclusive é motivo de admiração e exemplo.
Mas vamos esclarecer as coisas para saber exatamente contra o quê devemos lutar.
A Justiça não está protegendo "um pastor da Universal", como dito, apenas aplicando o que a lei permite.
Ele ainda não foi julgado, então não foi condenado, então JURIDICAMENTE não pode ser considerado o assassino do menino. Não foi pego em flagrante, não está obstruindo o curso do processo ilegalmente (destruindo provas, intimidando testemunhas, etc), nem representa riscos para a sociedade (não se comprovou que ele pode cometer outros crimes). Essas são situações que, a que eu saiba, podem permitir a prisão do acusado, sem o julgamento. Se houver outra, e que poderia se aplicar ao caso, me corrijam, por favor.
Temos que lembrar que essa garantia é para proteger a todos nós.
Se pensarmos em nossas vidas, vocês não conseguem lembrar de algo em que todos tinham certeza de que alguém tinha feito algo e no final não tinha?!
Sim. Claro. Às vezes você jurari que seu marido pegou a chave de casa e bate a porta com a chave dentro. Ou tinha "provas" de que fulana falou mal de você, mas só porque ouviu essa história de beltrana e sicrana.
Imagine agora o sistema jurídico tirar a liberdade de uma pessoa porque o promotor diz que ele matou alguém. Os parentes da vítima dizem que foi ele. A polícia também diz. Mas nenhum desses viu!
O que tem que ser feito? Examinar o caso, as provas, as testemunhas. Ou seja: julgar!
É justo prender o sujeito antes de julgar? E se no final concluirmos que não foi ele? Não são raros casos que pessoas são inocentadas DEPOIS DE CONDENADAS, quando o verdadeiro assassino se revela. Ou seja, mesmo depois do julgamento, as pessoas se conveceram que o sujeito era o assassino, mas não era!
Com isso, estou dizendo que o pastor da Universal é inocente? Não! Digo que ele apenas não foi julgado e, no momento, não tem motivos pra ser preso.
O pai do garoto está errado? De forma alguma, ele está convencido que esse sujeito é o assassino de seu filho e sua dor justifica qualquer revolta nesse aspecto, só digo que não devemos transferir o emocional da pessoa para as atitudes do Estado.
Então está tudo certo nesse caso e o judiciário está cumprindo sua parte? Não. Esse homem já deveria ter sido julgado há muito tempo. Isso seria um conforto pros pais da vítima, caso ele fosse condenado, uma segurança pra sociedade, se um assassino fosse retirado do seu meio e um alívio pro próprio réu, na hipótese de ele ser inocente.
É a morosidade da Justiça que nos faz questionar os mecanismos que servem, na verdade, pra garantir uma segurança jurídica. É contra ela, e não contra os mecanismos, que devemos lutar.
Não adianta pedir a prisão do sujeito antes do julgamento, devemos pedir que haja o julgamento!
É minha opinião.




Pelo celular: Djaman Barbosa.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Campanha

Dilma Roussef, em campanha, teve que curtir o desfile das escolas de São Paulo, o carnaval de rua de Salvador, o frevo de Recife e o desfile do Rio. Nessa maratona cruzou com um governador de estado bêbado, que era uma mistura de Jeremias (http://migre.me/lysW) com Joel Santana (http://migre.me/lysG).

Se engana quem pensou em Jaques Wagner...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Universo das Universidades

Se você hoje "fazer" uma compra... - diz o universitário de quinto semestre de direito.

Que palavra é essa? "insumos"?! Perguntam 3 ou 4 universitárias, colegas daquele.

Atualizando: meu professor fala "própia", "imprópia", "vendeno", "chateano"...

Pelo celular: Djaman Barbosa.

Meu mulato izoneiro

Quem quiser que cante o jeito brasileiro em seus versos, eu só consigo ficar perplexo com as coisas que presencio.
Sábado cheguei em casa e me surpreendi com um carro atravessado em duas vagas do prédio, sendo que uma era a minha.
Eu não tenho carro, mas Alexandre, que está dividindo o apartamento de Feira comigo, tem.
Ele está viajando e não tenho idéia de quando ele retorna, mas se fosse no sábado, o carro teria que ficar do lado de fora.
No domingo o carro tinha desaparecido, mas hoje de manhã ele retornou.
O dono é o novo inquilino do prédio e quando eu fui falar com ele sobre a vaga, ele me perguntou se eu iria utilizar?
Ora. A vaga é minha. Eu pago por ela. Se eu utilizo ou não é um problema meu. Não dá direito ao sujeito colocar o carro lá sem pedir.
Eu respirei fundo e disse que posso precisar a qualquer momento, portanto, ela tem que ficar desocupada.
O Brasil, samba que dá!


Pelo celular: Djaman Barbosa.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Família, família

Um dos motivos a que eu atribuo o fato de os serviços em Sao Paulo serem muito melhores que na Bahia é o fato de existirem muitas empresas familiares.
Não é raro lá ver pai, mãe e filhos trabalhando no estabelecimento.
Não só o empenho dessas pessoas é maior, como aumenta o número de fiscais dos outros trabalhadores. Afinal, o garçon é futuro dono daquilo.
Na Bahia, o mais comum é o pai querer que o filho estude para não trabalhar naquilo que ele trabalha. Raramente algum pensa em fazer administração e assumir o negocio da família e quando o fazem é por falta de opção, e como não trabalharam nele antes, não possuem qualquer experiência.
Aí fica tudo entregue a assalariados, que recebem o dinheiro quer o cliente esteja satisfeito, quer não. E para cada cliente que demonstra sua insatisfação não retornando a um estabelecimento, existem dez que já se acostumaram com o mau atendimento baiano. Então o estabelecimento não fecha, ainda que não prospere. Mas isso é coisa que só atinge ao dono, que muitas vezes entregou tudo a um gerente.
A clientela fiel e habitual, que só se consegue com bons serviços, significa menos riscos de calotes, cheques sem fundo ou brigas e confusões. Mas, novamente, isso só interessa a donos e não a empregados.
Aqui em Feira encontrei um estabelecimento com o aspecto familiar nos padrões paulistas. E é gritante a diferença no serviço.
Enquanto escrevia o ultimo parágrafo desse texto, perguntei a um dos filhos do dono o que ele estudava. A resposta não me surpreendeu: ADIMINISTRAÇÃO.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ala-lá-ô

Na falta de iniciativas e coragem para resolver o problema do aquecimento global, o ser humano se restringe a tecer comentários e exprimir espanto sobre os efeitos do estrago causado no clima, como se nada tivéssemos a ver com isso.
Depois da constatação obvia que está quente ou chovendo muito e do comentário que nunca antes nessa época esteve tão quente ou choveu tanto, o assunto mais comentado é a sensação térmica.
Cientistas e repórteres se desdobram pra nos convencer que a temperatura não está tão alta quanto a gente pensa e que outros fatores, que não apenas a temperatura, nos causa o desconforto.
E tome gráfico pra dizer que a tantos graus a sensação térmica é de tanto.
Ahhhhhhhh! Como se isso fosse nos fazer sentir menos calor.
Mas fazer o que? Basta lembrar que pra diminuir esses efeitos teremos que abrir mão de certos confortos e ter trabalho como separar o lixo para reciclagem, usar sacolas de pano no mercado, usar papel reciclado e a sensaçãozinha térmica nem parece tão ruim.


Pelo celular: Djaman Barbosa.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Na fila

Existem 3 informações básicas que são dadas na hora de se comprar uma passagem de ônibus. O destino, o dia e a hora. Uma quarta, opcional, com ou sem seguro?
Por que esse povo que está na minha frente parece discutir com o bilheteiro a influência das medidas de contenção do aquecimento global na produção industrial dos países em desenvolvimento?!


Pelo celular: Djaman Barbosa.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...