sábado, 30 de setembro de 2006
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Vote em quem quiser
Vejam essa animação do Charges.com muito legal. Expressa muito do que eu penso.
http://charges.uol.com.br/2006/09/27/indecisos-cantam-bois-dont-cry/
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Esse ano, quero paz no meu coração!
Mais um ano. Mais um palmo a separar-me dos outros, já que a vida
não passa de um progressivo distanciamento de tudo e de todos, que
a morte remata. Miguel Torga
Dizem que com a idade a gente adquire certos direitos, como o de falar o que pensa. Pois a partir de agora, esse blog, com o respaldo de 36 anos de minha existência, vai se dar ao direito de dizer certas coisas, ainda que não do agrado de todos.
Uma das coisas que venho percebendo com a idade é que não tenho mais paciência pros problemas alheios (se é que algum dia a tive). É egoísta, é cruel, mas também é verdade.
Dos problemas de estranhos, tenho resolvido com facilidade: "Não, não tenho dinheiro pra 'inteirar' sua passagem"; "Sinto muito que a repartição que a senhora precisa só exista a 260 km, talvez se a senhora pressionasse o prefeito, ou votesse melhor pra deputado federal, algum deles criasse uma aqui"; "Se o senhor não tem troco, ou o senhor sai pra trocar, ou a corrida fica de graça".
Mas com relação aos amigos, faz parte do relacionamento a troca de problemas. É um ajudando o outro.
Eu só conheço uma pessoa no mundo que não leva problemas pros amigos: Alexandre. Nunca ouvi alguém dizer que Alexandre tenha alugado alguém pra chorar seus problemas. Certamente, ele os tem. E sempre ouve os amigos. E até compartilha alguns dos problemas dele, mas sempre de uma forma tão leve e tão consciente de que os precisa enfrentar, que a gente sente como se ele estivesse contando o que aconteceu no capítulo de ontem da novela.
Vai ver que Alexandre costuma se confidenciar com alguém fora do círculo de amizade. Nunca ouvimos dizer que ele tenha analista, ou padre confessor, mas vai ver...
Não é à toa que, quando Alec fica doente, ou precisa de alguma ajuda, todos se mobilizam pra socorrê-lo. Ele é tão solícito, sempre ouve os problemas de todo mundo, e nunca passa seus fardos pros outros, que a gente precisa dividir alguma coisa.
Não que todos os meus outros amigos me tragam seus problemas. Graças a deus, não! Mas, certamente, eles compartilham com alguém. Porque todo mundo faz isso. É um dos requisitos da amizade.
Então como eu posso dizer que estou cansado disso se eu mesmo levo problemas pros outros?
O que ocorre é que eu estou cansado daqueles problemas que se instalaram. Aqueles que passaram a fazer parte da vida das pessoas e não saem mais. Até porque, ao que parece, a pessoa não quer. Nesse rol, conto, no momento, com uma meia dúzia desses trazidos por outras pessoas. Problemas pros quais eu já não tenho mais saco pra ouvir, mas a pessoa insiste em retomar.
Essa rotina se desenvolve da seguinte forma:
1ª fase: a pessoa conta um problema. Um, duas, três vezes. Você, como bom amigo, ouve e a pedido da pessoa, até dá conselho. Dar conselhos é uma coisa complicada: se a pessoa faz o que você aconselhou, você se sente responsável pelo resultado, mas se a pessoa não dá a mínima, e é o que acontece na maioria das vezes, você passa pra...
2ª fase: a pessoa continua contando o problema e você só ouve. Faz um murmúrio aqui e ali, fraco o suficiente pra não insinuar que está concordando com nada, mas forte pra que a pessoa entenda que você está ouvindo. Esse recurso do murmúrio é dificílimo quando a conversa se dá por MSN. Como o problema continua, até porque a pessoa não faz nada a não ser relatá-lo, segue-se pra fase seguinte.
3ª fase: a pessoa não faz nada do que você, os pais, a(o) parceira(o), o analista, a Revista Nova, a Enciclopédia Britânica, o Google e o bom senso recomendam. Mas continua contando o problema, e sugerindo uma solução, que todos acham errada. Ela não se contenta mais com seus murmúrios e quer te ouvir. Ela refuta aqueles conselhos da 1ª fase e insiste pra que você dê um conselho que seja exatamente igual à solução que ela propõe. Você, que não quer se tornar cúmplice do fracasso, ou rompe a amizade ou se muda pra Paris a trabalho.
Infelizmente, há pouca chance de uma mudança continental na Justiça do Trabalho, e eu não falo francês, mas também não quero romper com meus amigos.
Eu só não quero mais saber de seus problemas de estimação. Eles já estão aí mesmo, tão bem alimentados, documentados, fotografados, eu já ouvi tudo que podia a respeito deles. Está na hora de compartilhá-los com toda uma nova geração de amigos. Ou, pelo menos, me trazer problemas inéditos.
Afinal problemas circunstanciais, dificuldades ocasionais, contratempo emocionais, ainda são bem-vindos... pelo menos até eu completar 56 anos.
De todos os inconvenientes da idade, a experiência não é o menos importante.
George Bernanos.
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Cicarelli
Mesmo considerando o Movimento Camilinha, acho que em relação à Cicarelli a situação é diferente.
Em primeiro lugar, ela foi transar num lugar público. Óbvio que o risco de ser flagrado aumenta a excitação e o desejo, mas tem o custo que é justamente ser flagrado. Se a gente começar a dar salvo conduto pra quem for flagrado transando em público, acaba tirando toda a graça de se transar em público, né mesmo?
Em segundo lugar, Cicarelli é uma pessoa pública. Pra isso ela se tornou modelo e dormiu com um jogador de futebol horroroso, então ela gosta disso. No início do mês já tinha sido capa de revista de fofoca porque estava com esse namorado na Espanha. Ou seja, ela sabia que estava sendo observada e se foi transar na água, na frente de todo mundo, foi porque quis.
Agora, é muita hipocrisia uma empresa tirar o comercial de Cicarelli do ar. Afinal, eles achavam que ela era virgem? As outras modelos não transam? Ela não fez nada de errado, mas se arriscou e tá colhendo o que plantou.
domingo, 17 de setembro de 2006
Guerra dos estados civis.
Mas será difícil assim entender que eu não tenho motivos para agendar um simples almoço na praça de alimentação do shopping?
Talvez os solteiros tenham dificuldade em entender que um casal acorda, sai pra resolver coisas domésticas e, em determinado momento, pára e diz: "vamos almoçar aqui". Não dá pra ficar avisando isso com antecedência pros amigos.
Aliás, via de regra (via de regra é horrível, mas eu nunca usei antes em minha vida, juro!), um casal tem dois tipos de refeição juntos: "almoço de negócios" ou "jantar romântico".
No "almoço de negócios" é quando se conversa sobre as contas, problemas do condomínio, a empregada doméstica, etc. Convenhamos que não dá pra fazer tudo isso com mais alguém na mesa.
No "jantar romântico", se não for aniversário de um dos dois ou dia dos namorados (por favor, aniversário de namoro ou de casamento? Quem ainda lembra disso?), é porque um dos dois exigiu. É meio repentino. Já 4 ou 5 números do Alô Pizza ou da Lig-Lig tinham sido digitados e um brada: "Ah, não! Não agüento mais..." e completa com: pizza, arroz chop suey ou filé à parmeggiana. No "jantar romântico", o casal aproveita pra falar mal dos amigos, principalmente dos solteiros e/ou descasados que ficam ligando cobrando porque o casal não convidou eles pro jantar. Como se pode ver, não há espaço, nem tempo, pra outra pessoa nesse programa.
O melhor que os solteiros podem fazer, ao invés de reclamar, é tomar a iniciativa e agendar uma saída, com antecedência, marcando dia, hora e local, com aquele casal de amigos.
Mas e se aparecer uma paquera interessante, justo nesse dia e convidar o(a) solteiro(a) pra sair? Quem vai querer ficar numa mesa com um casal, correndo o risco de ouvir sobre problemas domésticos? Além do mais, eles já estão casados, morreram pra essa vida. Quem tá solteiro tem que aproveitar. Uma desculpa rápida: de dor de garganta à prova na "pós", passando por visita inesperada de parentes. Eles que jantem sozinhos!
Design Inovador
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Saudades da ditadura?
A Associação dos Magistrados do Brasil andou fazendo campanha contr ao voto nulo.
Pelo visto, o pessoal do "menos pior" é contra o direito de qualquer pessoa dizer XÔ.
Eu digo XÔ! Por isso, voto nulo.
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
Silvio Santos vem aí!
sábado, 9 de setembro de 2006
Simone Sampaio 2
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
Simone Sampaio
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Quero falar de uma coisa
Aí dois grandes artistas brasileiros resolveram o mistério pra mim:
"Não dá pra fazer política sem botar a mão na merda".
Paulo Betti
"Não estou preocupado com a ética do PT, nem com qualquer tipo de ética.
Para mim, isso não interessa. Eu acho que o PT fez um jogo que tem de fazer para
governar o país".
Wagner Tiso
Então tá explicado. Não se trata de aceitar que Lula não sabia da corrupção. O caso é dizer que corrupção não é nada demais, que todo mundo faz mesmo. É a reciclagem do "rouba, mas faz" que tanto combatemos.
Bom, se é por essa linha, em que Lula é melhor que ACM ou Maluf? Todos roubam, e todos fazem algo. E em quê somos diferentes daqueles que aculsávamos de ser tão ignorantes a ponto de manter a direita no poder por tanto tempo nesse país?
Quero ver agora quem vai ter a cara-de-pau de dizer que não é correto votar nulo. De dizer que tem que escolher o menos... menos o quê? Nem é mais o menos pior. Aliás, de tanto escolher o menos pior, o eleitor brasileiro agora tem a função de escolher o menos corrupto. O que deixaremos para o futuro? Um quadro de uma política em que se escolherá o menos assassino? O menos tirano?
Acho o cúmulo a propaganda do TSE mandar o eleitor avaliar a atuação do candidato e ver se ele não está envolvido em desvio de verbas e outros escândalos. Como assim? Se o TRE permitiu a candidatura daquela pessoa é porque ela tem ficha limpa, nunca foi condenada por nada... ou não? Se as instituições não conseguem fazer seu serviço e punir bandidos, não podem transferir essa responsabilidade pro eleitor. E lá vai o eleitor, feito um babaca, tentar encontrar, às vezes na sorte, quem entre aqueles candidatos rouba menos.
sábado, 2 de setembro de 2006
Movimento Pró Camilinha
Certo, a Camilinha além de fútil e oferecida foi tola. Mas não consigo parar de pensar em que tipo de canalha divulgou essas fotos. E que, afinal, Camilinha tem direito de ser fútil, tola e oferecida, além claro de ter direito a ser peladona o quanto quiser, sem que isso dê direito a esse bandido de fazer uma coisa dessas.Agora defendo a causa de Camilinha, pelo direito de transar com quem quiser e ser fotografada, sem que essas fotos caiam na internet.Quantos de nossos amigos não estarão, nesse exato momento, sendo, desprevenidamente, fotografados inteiramente sem roupa em algum motel da cidade? Temos que combater essa praga que é a divulgação de fotos de gente pelada que não quer ter sua nudez divulgada! Abaixo os paparazzi ocasionais!
Que PI é essa?
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