sábado, 7 de junho de 2008

Aversão à oficial: a versão oficial.

Saiu na G Magazine On Line


Exército diz que sargento gay está preso por deserção, não por sua sexualidade

Por Redação
05.06.08

O sargento Laci de Araújo, preso “ao vivo” na madrugada da última quarta-feira, dia 04 de junho, foi transferido do hospital do Exército, em São Paulo, para Brasília no início da tarde de quinta-feira, dia 05. Os dados são do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe).

Segundo o Exército, o sargento que revelou sua relação homossexual de mais de dez anos com outro sargento continuará detido pelo crime militar de deserção, e não por qualquer situação relativa à sua sexualidade. Em Brasília, Laci foi internado no Hospital Geral de Brasília, das Forças Armadas, onde permanecerá sob cuidados médicos.

Laci de Araújo foi detido logo após participar de entrevista no programa SuperPop, na Rede TV!. Argumentando ter problemas psiquiátricos e fazer uso de medicamentos controlados, foi mantido no hospital – com permissão especial para ter a companhia de seu parceiro.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou que tenha havido discriminação do Exército. “O problema não é a discriminação. A questão é verificar se o caso concreto se aplica às regras disciplinares do Exército”, disse Jobim.

Confira a nota oficial da assessoria de imprensa do Exército:

"A propósito da matéria veiculada na última edição do periódico "Época" e em emissora de televisão, envolvendo militares do Exército, o Centro de Comunicação Social do Exército esclarece que aqueles militares já respondem a procedimentos judiciais, que estão na esfera da Justiça Militar da União.

As medidas cabíveis que a situação exige estão sendo adotadas de forma tempestiva, sem se descuidar dos princípios basilares da carreira das armas, enunciados no Estatuto dos Militares, dentre outras leis e respectivas regulamentações. O Exército cumpre rigorosamente os instrumentos legais, agindo com impessoalidade e observando os direitos pétreos previstos na Constituição Federal".


Só para avisar ao senhor Ministro dos Direitos Humanos, que tranqüilamente aceitou a justificativa do exército: durante o regime militar (eu já era nascido nesse tempo, que dirá o senhor), não se prendia ninguém por defender direitos e liberdades, mas por atentado à ordem pública, perturbação da paz, subversão... os presos em campos de concentração nazistas também tinha vários "crimes políticos" em suas fichas.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...