terça-feira, 31 de agosto de 2010

Em defesa de Leo Krete e Batoré

Acabo de receber um email com uma lista de candidatos cantores, esportistas, humoristas e duas mulheres-frutas. Volta e meia alguém fala da "esculhambação" que é uma candidatura como a de Leocrete e Tiririca.
Em primeiro lugar, as candidaturas são totalmente regulares, todos os candidatos são elegíveis, ou assim esperamos, porque passaram pelo crivo do TRE. Mas as críticas não são com a legalidade do ato, mas com a possibilidade de essas pessoas se tornarem deputados.

Mas o que é um deputado? A Constituição Federal, em seu art. 45, assim dispõe: "A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal".

Músicos, esportistas, humoristas e travestis são povo? Então eles têm que estar representados na câmara de deputados. Então é legítima a candidatura dessas pessoas.

"Ah!", diram alguns, "mas essa gente só quer ir lá para ganhar dinheiro às custas do povo".   E os deputados que os senhores tem votado ano após ano estão idno lá pra que? Pelo altruísmo de ajudar a população? Vocês lêem jornais?

"Ah!", continuam, "mas essa gente não entende nada de leis, nem de política". E que conhecimento tem Severino Cavalcanti e boa parte daquele povo que vota projetos sem nem saber o que estão assinando, como provou o CQC quando passou uma lista para angariar votos para incluir a cachaça na cesta básica como podemos ver nesse vídeo esclarecedor.



Será que esses candidatos farão mais mal do que um José Dirceu, um José Genoíno, os anões do orçamento, a máfia das ambulâncias, a máfia do orçamento?! Se o que se teme é que as pessoas votem nesses candidatos não por se sentirem representadas por elas, mas influenciados pelo desempenho delas em outras áreas, então o que se deve criticar é a educação do povo, que é fruto de governos e governos de políticos profissionais. Se o receio é que as pessoas votem nesses candidatos só por não se se sentirem representados pelos atuais políticos, como protesto, então o que se deve criticar é o atual sistema eleitoral, de voto obrigatório e proporcional, onde o povo não é dono do voto para tomá-lo quando o candidato muda de partido ou não cumpre o programa prometido.

Elegemos Fernando Collor, elegemos Lula que disse que é normal roubar desde que todos o façam, elegemos João Paulo Cunha, que além de rouba dinheiro público, ainda debochou da sociedade brasileira dizendo que os R$ 50.000,00 que sua esposa sacou eram para pagar a conta da TV a cabo.
Acho que seria bom que as pessoas lembrassem o que os políticos tradicionais e dentro dos padrões de candidatos já fizeram. Basta ler aqui ou aqui. Duas ótimas leituras.

Antes de criticar a escolha de alguém no desses candidatos, acho bom imprimir o currículo político do seu próprio candidato para confrontar. Senão, você só estará sendo elitista e dizendo que só os privilegiados de semprem podem se aproveitar do dinheiro público.

A situação do país não está nesse ponto por causa de Popó ou da Mulher-Melancia. Particularmente, não os considero meus representantes, mas defendo o direito de que eles se candidatem

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Caía a tarde feito um viaduto!

Maria Dá Pena

VIVIANE SARAHYBA ENTRA COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR CONTRA DADO DOLABELLA
Desculpem, mas para mim, Viviane Sarahyba não foi vítima de violência, mas, sim, de burrice. O que ela queria casando com um cara com um histórico de agredir as namoradas?
E nem se pode dizer que não sabia, porque Luana Piovani teve a coragem de dar queixa pela agressão sofrida por ela e por sua camareira. Isso, sem qualquer perspectiva de faturar metade do prêmio de R$ 1.000.000,00 que o ator levou no reality show A Fazenda.
Que me desculpem as Viviane Sarahybas do mundo, mas essa praticamente pediu pra apanhar. E olha que ela, contrariando todos os fatos  e o histórico do "doce" Dado, chegou a dizer: "Se meu filho tiver metade do caráter e da bondade do pai, já fico feliz".
Alô, Pepa (essa é pros velhinhos de boa memória)! Talvez se a senhora dedicasse o tempo que gasta defendendo o seu filho para educá-lo, ele não estivesse envolvido nisso. Quem sabe?
Não é demais lembrar que Dado Dolabella também encontrou incentivo para seus arroubos de macho alfa na pífia sentença  quelhe foi dada: dois anos e nove meses, em regime aberto, o que resumiu a pena, na prática, e conforme comemorou o condenado, a assistir a um vídeo sobe violência doméstica.
A menos que tenha sido um filme "cabeça" francês, qual o castigo nisso?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

E agora?

Tá! Vamos concordar que o Hino Nacional não é a letra mais fácil pra alguém cantar de cor. Mas quantas vezes na vida Vanusa já cantou "Sonho De Um Palhaço"?! E "Como Vai Você"?
E na dúvida, deveria passar o microfone pra fã na platéia. Ela estava aflita pra consertar a bobagem. Mas bom mesmo, foi a cara de "vou pro Youtube de novo".

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

É fácil gravar

O Fantástico criou há alguns meses um quadro chamado O Conciliador. Durante meses, resolveram brigas de vizinho, penimbas de família e outras inticâncias.
Tudo rápido, solucionando em uma semana o que o judiciário leva meses, anos.
Pois eis que o Fantástico resolveu procurar briga com o ramo imobiliário. Mostrou um caso de um casal que não recebeu o imóvel prometido, apesar de já ter vencido o prazo há anos e de um casal que começou a pagar as prestações mas que o financiamento não foi aprovado pela CEF e a imobiliária não queria devolver, apesar de o vendedor ter garantido que haveria devolução nesses casos. Por fim, relatou a história de um condomínio cujos proprietários pagaram caro para ter um prédio ecologicamente correto, porém nada do que foi especificado havia no edifício.
Mas o Fantástico não pode fazer a famosa cena de colocar os litigantes cara a cara na mesa de conciliação. Todos os envolvidos receberam comunicado da empresa de que não iriam para o quadro do Fantástico e que de eles não desistissem da reclamação no programa, eles poderiam ir à Justiça que as empresas recorreriam por anos. Ofereciam pagamento de parte do que era devido a eles. Era pegar ou largar. O condomínio pseudo sustentável foi coagido a sequer permitir a filmagem das unidades.
Bem vindo ao meu mundo, Max Gehringer! Resolver picuinhas sobre quem é o dono do cachorro, ou se um muro deve ficar 2 metros pra direita ou pra esquerda, é coisa que qualquer dono de boca de fumo resolve na favela. O que o judiciário brasileiro enfrenta diariamente é a luta contra litigantes "profissionais". Gente que sabe como fazer o sistema rodar em seu beneficio e usa todos os recursos cabíveis para prolongar um processo. Sabem abarrotar os cartórios de petições inúteis, que precisam ser lidas e respondidas, apesar das inutilidades. Aliás, são úteis para atrasar o andamento do feito.
As empresas, apesar de serem distintas e em estados diferentes, agiram exatamente da mesma forma, demonstrando claramente que existe uma comunicação e um acerto de postura em determinadas questões, nem sempre éticas, envolvendo até ameaças veladas.
O Fantástico sentiu a frustração de fazer tudo direito e ver o poderio econômico sobrepujar suas tentativas.
E olha que o programa se propõe a analisar dois a três casos por semana. E só atua até o acordo. Não se preocupa com a execução no caso de não cumprimento, que é a grande maioria das pendências judiciais.
Espero que percebendo que ninguém faz concurso público para apartar brigas de comadre, a Rede Globo tenha entendido que não é fácil fazer sequer uma parcela daquilo que o servidor público faz diariamente.


Pelo celular: Djaman Barbosa.

sábado, 14 de agosto de 2010

O futuro a quem pertence?

Sábado. 22:00. Na saída do shopping. Duas crias de coisa ruim, um menino e uma menina. Entre 15 e 17 anos. Tomavam sorvete. O menino acabou e atirou o papel no chão. Viu que eu olhei e aproveitou para jogar a colher também.
A menina foi tirar uma foto e aproveitou para atirar a colher e os restos do sorvete ali mesmo, também.
Tudo isso a menos de 8 passos do cesto do lixo e na vista de 3 seguranças e 1 policial que também acharam normal aquela imundice.
Aí me pus a pensar que não tenho filho. Por que eu vou ficar economizando recursos para poupar o planeta pra essa geração que está tornando o meu mundo inabitável agora?
Enquanto eu penso em deixar um mundo melhor pros nossos filhos, quem está pensando em deixar filhos melhores pro nosso mundo?
A Revista Superinteressante fez uma projeção do que aconteceria se todos os humanos morressem. Em 10 anos isso aqui já seria um paraíso para as outras espécies. Apenas 10 anos sem essa praga que se auto intitula o "ápice da criação" (ou da evolução) e teríamos um planeta saudável com todas as espécies vivendo em equilíbrio.
Não estou propondo o extermínio da raça humana para a sustentabilidade do planeta. Acho direito de todas as espécies procurar sua sobrevivência. Mas temos que admitir que em termos planetários, nós fazemos mais bem desaparecendo.


Pelo celular: Djaman Barbosa.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...