domingo, 24 de março de 2013

A gente somos inútil

Estava esperando em uma mesa da praça de alimentação o meu pedido ficar pronto. Passaram 3 mulheres por mim e foram sentar em uma das diversas mesas vazias mais adiante.
Vi meu prato ser colocado no balcão e, antes que a moça chamasse a senha, eu já estava no balcão com a bandeja.
Quando me virei, vi a cena mais patética que presenciei nos últimos tempos.
As mulheres corriam para pegar a mesa que eu estava antes que eu retornasse.
Segui adiante sem esboçar reação e sentei em uma das, repito, diversas mesas vazias.
O comportamento, típico da pré-adolescência, pareceu-me ridículo em três mulheres adultas que conseguiram apenas ficar numa mesa melhor posicionada, na opinião delas.
Será que é nessa direção que caminha a evolução humana?

segunda-feira, 11 de março de 2013

O médico é o monstro

A médica presa com dedos de silicone fraudando o sistema de ponto da prefeitura disse que fazia isso a mando do diretor e que era uma exigência da contratação.
Não duvido disso, mas o problema é que com isso a médica revela uma realidade triste nesse país: para essa geração, roubar do poder público é um pecadilho, um delito menor, algo chato a ser feito para se manter o emprego.
Ao contrário dos grandes corruptos que o fazem por ganância, para ficar cada vez mais ricos, a dra. fez para manter seu emprego.
Em nenhum momento ela pensou em denunciar ou, pelo menos, não entrar no esquema? Será que nenhum valor moral passado por sua família, ou até mesmo a ética, mostrada na faculdade, a fizeram ver que aquilo é corrupção? É roubo? É crime?
Os cientistas nazistas também fizeram o que fizeram como condições de contratação. São menos monstros por isso?
Guardadas as devidas proporções entre os crimes, o que questiono é: agir fora da lei sob a alegação de que foi o patrão quem mandou, diminui a culpa diante da lei e da própria consciência?
Para a jovem médica parece que sim.

De sua vez, o diretor dela usa o artifício dos políticos: achar que todos são idiotas. Disse que passa na unidade todo domingo e isso nunca aconteceu. Nunca plantonista algum faltou. Esse domingo que ele não foi, isso ocorreu.
Pensemos: médicos se unem, formam um esquema desses, sob risco de alguém delatar, com o custo de fazer cópias de digitais, para usar em uma unidade onde o chefe vai todo plantão fiscalizar, na esperança de que um dia, quem sabe, ele falte e eles possam fraudar o sistema.
É nisso que ele quer que acreditemos?

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...