sábado, 11 de fevereiro de 2012

Preocupações maternas.

Minha mãe me liga para saber da greve da polícia e quando eu disse que estava em São Paulo, ela reclamou:
"Viajou pra São Paulo e nem me avisou? Como assim? E se eu morresse?"

Não entendi... "e se eu morresse?"... que diferença faria avisar ou não antes de viajar? Pensei nesses três cenários:

Primeiro:
- Mainha, eu vou viajar pra São Paulo dia 07. Retorno no dia 13.
- Não. Não vai poder ir agora, não. E se eu morrer?
- Como assim? A senhora está sentindo algo? está doente?
- Não. Estou ótima. Mas você sabe, pra morrer, basta estar viva.
- Mas se eu não posso viajar essa semana, que a senhora está bem, vou viajar quando?
- Quando eu morrer... Depois do luto, claro.

Segundo:
- Mainha, eu vou viajar pra São Paulo dia 07. Retorno no dia 13.
- Que dia? Pera aí... Tá, pode ir, mas vou ter que desmarcar.
- Desmarcar o quê?
- Eu acho que ia morrer no dia 10. Mas com você viajando, vou jogar pra outro dia. Deixa ver... semana que vem é carnaval, melhor na Semana Santa que já é feriado e todo mundo vem pra cá. Eu deixo o caruru preparado.

Terceiro:
- Mainha, eu vou viajar pra São Paulo dia 07. Retorno no dia 13.
- Certo, boa viagem. Você vai ficar onde?
- No Hotel 155.
- Tem o endereço de lá?
- Agora, não. Mas tenho o telefone.
- Não, preciso do endereço. Ou uma foto, de preferência de cima.
- Pra quê isso?
- É que se eu morrer, preciso saber onde você vai estar, porque vou aparecer pra dar umas instruções.

Um comentário:

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...