domingo, 30 de janeiro de 2011

Tombo

Eu gosto muito de enroladinho de queijo e presunto. Só que ultimamente, não sei por que, inventaram de não botar mais as fatias de queijo e presunto inteiras, mas picadas. Até sei porque, pra economizar e colocar uma porção menor em cada salgado. Pra piorar, desse jeito que está, o picadinho do recheio fica todo numa parte só da massa. Um horror.

Agora, ruim, mas ruim mesmo, é a moda de ter brigadeiro de colher nas festinhas. Ora, a única coisa que torna humanamente suportável uma festa cheia de crianças barulhentas correndo é saber que tem uma mesa cheia de um docinho de chocolate coberto com chocolate granulado. E quando o brigadeiro tem o miolo durinho... Hmmmmm.
Mas quando você sai de casa, escolhe um presente entre as dezenas de opções de Max Steel, roda procurando uma vaga próxima à casa de festas, atura aquela gritaria na piscina de bolas, o choro da que não conseguiu ir no elástico, a indiferença do aniversariante, que já ganhou dezenas de Max Steel, alguns iguais ao seu, e só se importa com o PlayStation que o pai deu, e no final não encontra o brigadeiro, mas uma tacinha plástica com uma pasta de chocolate, é muita falta de respeito com o convidado, não é não? Você só não pega de volta seu presente porque não lembra se comprou o Max Steel Alpinista ou o Max Steel ...o que será isso? Gogo Boy? Não... Mergulhador!
Tudo bem que toda criança quando aprende a fazer brigadeiro, logo descobre que é mais prático pegar uma colher e comer direto na panela. Mas numa festinha, isso demonstra preguiça do buffet, além de ser anti-ecológico com sua tacinha e colherzinha de plástico ao invés da forminha de papel. Se não estão pensando em agradar os convidados, pensem ao menos no aquecimento global.
Por ser um doce tipicamente brasileiro, o brigadeiro deveria ser tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural e quem fizesse fora dos padrões deveria ser multado por atentar contra a nossa cultura.


Pelo iPhone

Location:R. Vasco Filho,Feira de Santana,Brasil

2 comentários:

  1. Ainda bem que a minha religião não permite que eu frequente festa de criança...

    ResponderExcluir
  2. Concordo plenamente... Afinal, não vamos levar a extremos esses pseudomodernismos, essa tendência exagerada de inovar, principalmente em cima do que já é perfeito (já eu gosto do brigadeiro com casquinha dura e miolo mole). Ah, e como maníaca por empadinhas de camarão, levanto aqui meu protesto contra aquela safadeza de bater meia dúzia de camarões no processador e fazer um mingau sabor camarão pra recheio da iguaria, que fica uma porcaria. Rimou...

    ResponderExcluir

Os comentários são moderados, mas não são censurados. Caso seu comentário não vá ser exibido, uma explicação será dada.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...