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Mostrando postagens de março, 2014

Veja bem

A recente pesquisa sobre o que os brasileiros pensam acerca do estupro pegou todo mundo de surpresa. N em tanto pelo fato de demonstrar que parte da população coloca nas mulheres a responsabilidade pelas ocorrências de estupro, mas pelos índices ali exibidos.  Todo mundo achou alarmante e, como toda pesquisa, esta é passível de contestação dos métodos, da abrangência, e de outras coisas que poderiam ter influenciado o resultado.  Mas só a Veja, e sempre a Veja, poderia produzir artigos justificando os entrevistados e dizendo que a "vitimização" da mulher nos casos de estupro é uma manobra eleitoral do PT.  A revista desacredita as duas perguntas da pesquisa, cujos resultados mais assustaram e dizem que elas foram mal formuladas.  Vocês podem ler o artigo que, aparentemente faz sentido (e até chegar à mesma conclusão de que tudo é mesmo uma conspiração petista) aqui:  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/29/estupro-machismo-culpa-levante-a-pl...

Privilégios ou necessidade?

Normalmente, no Facebook, questiono os cristãos quando vejo crimes de homofobia. E os questiono, porque, na minha visão, os cristãos são os responsáveis por impedirem a lei que criminalizaria a homofobia. Pra justificar, devo dizer porque acho importante a tal lei. Na prática, o que se pretende é tornar mais graves as penas de injúria, quando a motivação dessa injúria for a sexualidade da pessoa, e de outros crimes (agressão, homicídio, etc). Como hoje já existe com a etnia. Se alguém chama alguém de "burro", isso é ofensivo e tem uma pena. Se alguém diz "burro assim, tinha que ser preto", certamente que é uma ofensa muito maior para essa pessoa e, por isso, essa injúria tem que ter uma pena maior. Alguém consegue hoje imaginar uma vereadora dizer, em alto e bom som, numa sessão da câmara: "tirem esse preto daqui?". Não, né. Isso porque a duras penas temos leis que punem o racismo. Não quer dizer que não temos vereadores racistas, mas eles sabem que e...

Lepo Lepo

Ok. Você venceu. Lepo Lepo é uma música de uma pobreza tremenda. Um lixo. Uma péssima representante da cultura brasileira. Afinal, nós temos uma tradição de músicas elaboradas de carnaval. De letras rebuscadas, de grandes pensadores. Coisas como "mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar. Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro beber não chorar." E quem sabe aquela outra, que tantos valores morais transmitiam para as crianças, jovens e para a sociedade em geral, que dizia "as águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar, eu meto a mão na saca, saca, saca-rolha e bebo até me afogar. Deixa as águas rolar". E não podemos esquecer daquele carnaval, em que preocupados em passar conceitos sobre a economia do país, cantávamos "ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí" e continuávamos nesse tratado de sociologia que explicava o surgimento da violência "não vai dar, não vai dar não, você vai ver a grande confusão, eu vo...