Também é legítimo quem acha que o programa tem pouca ou nenhuma relevância cultural e que é perda de tempo comentar as "polêmicas" do programa.
Mas é inegável que as pessoas que ali estão, quer "sendo elas mesmas", quer "fazendo jogo", ainda que não sejam a melhor amostra da população brasileira, procuram se comportar da maneira que elas acham aceitável pelos brasileiros.
O episódio do rapaz que tomou banho nu é emblemático. No Brasil da Globeleza, das escolas de samba, o reality show é um dos únicos, senão o único, onde os participantes não tomam banho sem roupa.
Logo aqui, onde a tradição dos vários banhos diários é uma instituição.
Em edições anteriores do BBB, ex-participantes de programas estrangeiros já cometeram a "gafe" de tomar banho como a boa higiene exige.
Pois quando um participante tomou banho nu, isso serviu de motivo não apenas de ser recriminado pela casa, mas também pelo público. Isso revela a hipocrisia desse país, um puritanismo ridículo que condena um gesto desse e aceita falsidade, por exemplo.
Não deixa de ser engraçado que a condenação do banho nu veio de quem exibe bundas e peitos na piscina, coxas e bíceps na academia e pretende exibir mais nas revistas, tão logo saia do programa.
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