domingo, 19 de maio de 2013

Ninguém me explicou na escola, ninguém vai me responder

Não sou torcedor do Bahia e nem de nenhum time de futebol, por isso não sou contra nem a favor da saída de Marcelinho Guimarães do clube. 
Queria apenas comentar aqui o argumento usado por ele. Ele disse que não renunciaria porque sua eleição foi legítima, dentro da regularidade. 
Esse argumento é muito semelhante ao usado por Marco Feliciano para não sair da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, qual seja, a de que assumiu o cargo de forma legal e legítima. 

Num país em que a maioria da população não consegue interpretar perguntas para preencher formulários, os argumentos podem ser suficientes, e quem os usa sabe bem disso. 

Na verdade, mais do que aceitar, não são poucas as pessoas que usam esse mesmo tipo de raciocínio, que não tem qualquer relação com o tema, para justificar suas respostas e convicções. 

Vejamos: se Marcelinho e Marco tivessem sido eleitos de forma ilegal ou fraudulenta, ninguém precisaria pedir suas renúncias, bastava exigir que saíssem dos cargos, usando meios legais para tanto. 

O pedido de renúncia baseia-se na inadequação para os cargos, na opinião dos opositores, que essas pessoas demonstraram. Eles podem refutar as acusações demonstrando que são, sim, adequados aos cargos, ou, simplesmente, dizer que as regras não prevêem a saída de incompetentes depois de eleitos. 

O que não dá, é rebater um argumento com outro que não tem conexão com o apresentado, mas que apenas tem uma aparência de ser forte o suficiente para rebater o primeiro. 

Mas também quem se preocupa com coerência quando o importante é ter poder?

Um comentário:

  1. Benício_Golfinho27/05/2013, 10:20

    Não, não importa.

    A democracia é um mito.

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Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...