quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Para quem precisa

Eu digo háalgum tempo que investigação policial no Brasil se resume a denúncia anônima, grampo telefônico ou confissão. Fora isso, só se descobrem os autores pegos em flagrante delito.
O último caso "pitoresco" ocorrido no país, e que ganhou repercussão internacional para o bem de nossa linda imagem, foi da utilização de um gato para entrar com celulares, serras e outros apetrechos num presídio.
A gerência do presídio informou: "Fica difícil saber quem é o responsável pela ação, uma vez que o gato não fala".
Perceberam? Como gato não fala, não há como ele denunciar os mandantes, nem como fazerem escuta nem como obrigarem ele a confessar.
Que tal investigar o celular. Ele tem chip? Tem como rastrear onde foi vendido? Afinal é de uma empresa telefônica que o habilitou. Habilitou em nome/CPF de quem? Essa pessoa pode ser cúmplice ou vítima de golpe.
Como essa gato entrou antes no presídio e como foi treinado? Uma das matérias sobre o assunto diz:

"Segundo um dos agentes penitenciários que participou da captura do animal, os detentos criaram o gato escondido e os familiares levaram o animal para casa em dia de visita."

Então alguém viu o gato antes no presídio. Com quem? Que tal isso pra investigar senhores policiais?

Mas não... a polícia brasileira espera o dia em que nasçam gatos falantes para que ela resolva os crimes.

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