sábado, 5 de janeiro de 2013

Besteira e burrice no Brasil.

A quem ainda não entendeu.
Não precisa ligar pra Globo, fazer protesto, assinar petição, escrever textos inteligentes... Se não gosta do BBB, basta não assistir. Simples assim.
A televisão oferece várias opções de programação. Mude de canal e veja outra. E se não gostar de nenhuma delas, tem a internet. E se não estiver a fim, ouça uma boa música ou leia um livro, ou veja um DVD, ou converse com um amigo ou vá ao cinema, ao teatro...

Nada contra que se façam críticas ao programa. Eu mesmo fiz várias.
Na primeira edição, critiquei que os participantes não tinham sido escolhidos "ao acaso", como eles anunciavam, nem eram totalmente "anônimos". Todos tinham ligação com alguém do meio artístico. Na segunda edição, nova farsa com esse lance de inscrição, e uma tendência a escolher estereótipos. Depois, o programa foi assumindo cada uma dessas acusações e dizendo: "é isso mesmo, a gente escolhem, e escolhe com determinado perfil, e tem um script, e tem edição para criar um drama, e tem manipulação de resultados às vezes..." O povão já entendeu tudo isso. E mesmo assim gosta.
Pronto. Pra quê ficar batendo nessa tecla o tempo inteiro? A maior parte da população brasileira gosta desse programa, então que direito tem a minoria de querer tirar esse programa do ar?
Que prepotência é essa?
Então agora, nos arvoramos a dizer ao que as outras pessoas devem ou não assistir? E com base em quê? Numa suposta superioridade intelectual?
 
Televisão é uma concesão pública, sim, mas a Rede Globo é uma empresa privada e pode  exibir o que quiser, respeitando as indicações etárias para determinados horários.
O BBB não é pago com o dinheiro dos impostos, nem tem subsídio de programa de fomento à cultura, é pago com o dinheiro de patrocinadores, empresas privadas, que investem dinheiro em algo que, acreditam, dará grande visibilidade às suas marcas.
A única forma de dizer o que a TV deve ou não exibir é dando ou não audiência a determinados tipos de programa.
Assim, quando uma emissora de TV exibe um programa cultural, se as pessoas que gostam de programas culturais o assistirem, os patrocinadores também vão achar legal colocar as marcas deles nesses programas? Entendeu, Brasil?
Isso quer dizer que não há espaço para minoria? Que os programas sempre mostrarão o interesse da maioria?
Não. Existe uma coisa chamada "público alvo". O BBB pode atingir uma grande quantidade de possíveis consumidores de um determinado carro, mas não de outro. Esse outro carro, através de pesquisa, percebe que seu público gosta de outro tipo de programação, e que seria dinheiro jogado fora patrocinar o BBB. Outras marcas podem achar que associar-se a programas de grande alcance popular tiraria seu requinte e procura patrocinar outros programas.
Enfim, espaço, há.
Tudo que poderia ser dito contra o BBB, já foi dito.
Então, ao invés de resmungar, apenas refaça sua agenda.

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