quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Respeito póstumo

Se alguém defender a necrofilia, sob o argumento de que os mortos, afinal, não sente mais nada, não estão mais ali, que aquilo é só um corpo e não a pessoa, seria, justamente, criticado e seus argumentos duramente refutados.
Afinal, nos repulsa a idéia de fazer com o corpo de alguém algo que ele, ex-ocupante do corpo, não tem condições de impedir, caso não concordasse. É uma ofensa à memória daquela pessoa. É fazer da sua imagem associada a algo que ele não permitira, por exemplo. Por isso que é crime.
Com o mesmo sentimento, a violação de túmulo não é punido apenas pelos danos materiais, mas pelos danos que causa à imagem daquele que já faleceu.

Então o que dizer de fazer uma missa para um falecido ateu?
Da mesma forma, é aproveitar-se de sua impossibilidade de negar o ato. É como se dissessem: "agora que você não pode responder, eu aproveito para impor a minha vontade, a minha crença, sobre a sua". É como cuspir na cara do defunto.
É um ato de arrogância e covardia.

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