sábado, 15 de dezembro de 2012

A César o que é de César - 2

O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade. (Eclesiastes 5:10 ARC)


Pastores evangélicos e padres católicos tiveram convulsões ante a possibilidade de se tirar a expressão "Deus Seja Louvado" das notas de real.
Quanto à onda de violência em São Paulo, nenhuma manifestação. Desvio de verbas das obras? Nada. Saúde pública que mata mais do que salva pelo descaso e falta de condições? Não é com eles.
Mas o dinheiro?! Ah! Esse, sim. Mexe com os cristãos de uma forma profunda.
O nome do deus deles deve estar nesse bem tão valioso, não importando que em meio a falcatruas, manipulação da ignorância alheia, conchavos ou espremidos entre as genitais dentro da cueca.

Deve ser porque "aquele a quem Deus ressuscitou, nenhuma corrupção viu (Atos 13:37)"

O importante é que o nome de deus no dinheiro, iniciativa do grande homem de deus José Sarney, seja mantido.
E daí que a Bíblia que eles têm como livro sagrado e dogma de fé e prática diz que o reino de deus não é desse mundo? Eles querem tudo daqui, principalmente o dinheiro.

Particularmente, não vejo motivos para o MP ter encampado essa briga. Só os pastores cumpriam a regra dita na nota, louvando a deus em cima das pilhas de dinheiro. A maioria da população não permanece com as notas tempo suficiente para conseguir ler aquelas letrinhas miúdas, isso, considerando os que sabem ler.
Mas o analfabetismo funcional da população não é problema de deus.
O deus cristão, pelo que seus representantes expõem, só se preocupa hoje em dia com: gays, aborto e ser louvado através do dinheiro.
Até mesmo preocupações antigas desse deus como sexo antes do casamento, divórcio e células tronco, tema desses líderes nos anos 80, 90 e início de 2000, saíram de moda.
Como saíram de moda também o amparo aos pobres e viúvas, a denúncia das injustiças e outras preocupações bem mais antigas, tão antigas que só estão no tal livro sagrado, mas não fazem parte dos sermões, missas ou pronunciamentos desses religiosos.

Por mim a expressão fica. Ilustra perfeitamente onde está o deus de pessoas como Sarney, Malafaia e demais bastiões da moral e religiosidade desse mundo. O deus deles está no dinheiro!

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