quinta-feira, 31 de maio de 2012

Salvar pra quê? Pra quem?

A nova modinha dos descolados baianos é para salvar o Cine Jandaia. Repetem-se os discursos como na venda do Bahiano de Tênis e na reforma do Glauber pelo Unibanco (que por sinal preservou o local).
Gritam que é absurdo! Falam da falta de preservação do espaço! Exigem do poder público que injete dinheiro para salvar o local!
E pra quê?
Só posso imaginar que seja pra dar algum cargo em fundação ou autarquia pra algum sujeito, que certamente tem um ótimo projeto de reestruturação do Cine Jandaia e que, nos primeiros meses, vai apresentar obras obscuras dos amigos artistas, às custas do dinheiro público, e depois deixar o mondrolho pro Estado.
Se o público gosta de um local, que vá ao local. Se o cinema/teatro/casa de espetáculo tiver público, ele não fecha.
Os baianos abandonaram os cinemas atrás dos Multiplex e agora reclamam que os cinemas fecharam.
Tenham dó. O dinheiro público não pode ser usado para manter o que, quando era privado, mas o público nso queria.
Quem fechou o Jandaia não foi o político relapso, o pastor sem coração ou o vilão malvado da novela das oito. Quem fechou o Jandaia foi a ausência das pessoas, boa parte delas hoje na moda do politicamente correto de pedir por sua abertura.

5 comentários:

  1. Benício Golfinho06/06/2012, 17:50

    rs

    Que diabo é "mondrolho"?!?! rsrs

    É... polêmico. Lembra daquele livro que te dei uma vez? Respondia assim, como você, a eterna pergunta sobre quem faz quem: a TV faz o público ou o público faz a TV?!

    Eu confesso que não sei... mas acho que mesmo quem não pensa como você reconhecerá mais sensato impor uma cota mínima de exibição (das "minorias") nas estruturas privadas de cinema que manter elefantes brancos inteiros às custas dos impostos - majoritariamente pagos por aqueles que curtem Black Style.

    Obs.: Se a sustentação financeira dessas cotas deve correr por parte da iniciativa privada (como ônus do lucro) ou diretamente do setor público (como a propaganda eleitoral NADA gratuita) é uma questão importante, mas secundária. E à ser decidida conforme a análise do mercado.

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    1. No caso da TV fazer o público, há alguns disparates, vc coloca 99% da programação ruim e uma programação boa na madrugada, e a educativa 5h30 da manhã, hora que o peão que tá em casa, é porque acaba de chegar do turno e não vai poder ver.
      Já os cinemas, passavam a mesma programação dos Multiplex. E não digam que a culpa é dos Multiplex. Em SP tem Multiplex, lotado, e tem espaços culturais com cinemas, também lotados. Se fosse o caso d eo dono do Jandai ter reformado pra uma coisa de lucro mais rápido, eu até entenderia a revolta, mas o troço tá lá, abandonado, há anos... agora que vão demolir, é essa gritaria.

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    2. Sim, sim. Cota mínima só atingiria o objetivo se fosse feita com o fito de proporcionar acessibilidade mínima. Em qualquer circunstância, a apropriação dos horários é elementar. Claro.

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  2. Pensie que "mondrolho" fosse neologismo. Com tanta gente nova aí, sem a menor intimidade com a língua portuguesa, inventando palavras, eu me acho no direito de inventar algumas.
    Mas ela até que existe. Não foi no sentido exato que eu queria, mas serve: http://www.sexnamoro.com/pegando-as-mulheres.htm

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    1. rs

      Vivendo e aprendendo... a "última flor do lácio".

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Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...