quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Para as cachorras, as ordinárias e as vagabundas!

Que fique bem claro, ninguém está tirando o dinheiro das mulheres rebolarem e esfregarem a tcheca no chão, como muitas delas estão esperneando no Bahia Meio-Dia e no Fantástico.
A proposta da deputada Luiza Maia é simplesmente que o governo do estado não contrate bandas que toquem esse tipo de música. Simples assim.
Qual a censura?
A banda será proibida de fazer show? Não.
A música da banda será impedida de constar num cd? Não.
A banda só não será contratada pelo estado da Bahia. E, como a TV Bahia e seus expoentes estão alardeando por aí que eles têm milhões de fãs, que essa arte é a que o povo quer, o povo pode ir pros shows e comprar os cds e a vida da banda está garantida.
Na verdade, o dinheiro público só deveria ser gasto para incentivar as manifestações artísticas que não tem muita popularidade, mesmo. Parece contraditório, mas não é. O investimento público nas manifestações artísticas pouco populares é a forma de garantir que essas manifestações continuem a existir. A arte não pode ficar ao sabor do gosto da maioria, sob pena de se extinguirem preciosas obras.
Nem todas as obra primas que hoje vemos foram sucesso em seus tempos. É preciso que existam independente da maioria.
As manifestações que têm grande aceitação do público podem se sustentar com o dinheiro de seus shows e venda de seus produtos. Se o povo gosta, consome e pronto. Esse país é capitalista. A intervenção do Estado nessa área deveria ser em caráter excepcional, para aqueles empreendimentos que não se sustentariam com o capital privado. Afinal, o Estado não é empresdário artístico.
O que as preparadas, as popozudas e o baile todo não conseguem perceber é que existe um interesse comercial dos grande investidores, entre eles a TV Bahia (Festival de Verão, de Inverno em Conquista, carnaval...), em pegar dinheiro público, através de leis de benfício à cultura, para usar em shows pelos quais a população acaba pagando. Ou seja, eles pegam dinheiro do governo e ganham uma nota dos ingressos, sem falar nos lucros indiretos com a exibição na TV e o patrocínio nesse horário.
Enquanto elas remexem, eles lucram.
No dia em que o presidente da TV Bahia mostrar sua mulher rebolando na boquinha da garrafa, eu ficarei convencido de que ele está preocupado em preservar a "arte" popular.

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