segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Amo-te, ó rude e doloroso idioma

Na Rede Record, a jornalista (exige-se ou não diploma pra isso, afinal?) anuncia a nova série de reportagens sobre brasileiros que fazem sucesso no exterior. Então diz: "Você vai saber como é a vida desses imigrantes".
Minha mente voltou, então, para os tempos de escola, quando aprendi que imigrante era o sujeito que entrava no país (ou no estado, na cidade), enquanto que as pessoas que saem do seu lugar natal para viver em outro são denominadas emigrantes.
Até aceitaria se a matéria falasse de vários brasileiros num único país, pois seriam todos imigrantes nesse outro lugar, mas o enfoque trata mesmo de brasileiros que vão viver fora, em qualquer outro país e o nosso idioma tem uma palavra própria pra isso, então por que a jornalista não usou?
Isso me lembra um outro caso, muito comum, que ocorre quando alguém tem ancestrais de outra etnia. Muita gente boa diz que fulano tem "descendência" árabe, japonesa ou o que quer que seja.
Ora, quem tem descendência é quem tem filhos. Quem descende de estrangeiros tem "ascendência" estrangeira. Ou seja, seus pais, ou avós, ou alguns antepassados, são estrangeiros.


Pelo celular: Djaman Barbosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são moderados, mas não são censurados. Caso seu comentário não vá ser exibido, uma explicação será dada.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...