sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tradicionalmente

Diante de manifestação contrária à utilização dos jegues puxando carroça na Lavagem do Bonfim, pois há claros sinais de maus tratos aos animais, alguém logo protestou que isso fere a tradição.
Não custa lembrar que a proibição de jogar bebês defeituosos do penhasco, apedrejar adúlteras e queimar na fogueira quem faz chazinho pra aliviar dor de estômago também significou quebra de tradição em alguma época.
Mas não dá pra querer muito da sociedade onde a maior discussão sobre direitos humanos versa sobre ver um beijo gay na novela das oito.
Querer que o brasileiro pense na dor que infringe a outros seres, que nem são da sua espécie, é um pouco demais.
É o mesmo que pedir ao senhor de engenho pra entender a dor do negro, ou prum nazista se condoer com os judeus.
Ah! E pra quem achar a comparação ofensiva, escravistas e Hitler também achava que suas vítimas eram compostas de matérias e almas inferiores às suas e, por isso, não havia nada demais em infligir-lhes dor.


Pelo celular: Djaman Barbosa.

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