quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A volta dos que não foram.

De vez em quando procuro uns posts antigos e decubro que são do antigo blog. Como eu tenho medo que ele seja deletado algum dia, por inatividade, vou começar a trazer o que há de mais interessante pra cá.
Esse post é de 20/11/2005:

Ele pode voltar já, eu não!

O lema do Programa Livr... desculpe, do Altas Horas é VIDA INTELIGENTE NA MADRUGADA.

Pois ontem eu resolvi ver um exemplar dessa inteligência.

Começou com a banda do programa cantando Loirinha Bombril. Como eu tinha visto no intervalo que os Paralamas eram convidados, achei uma bobagem cantar uma música do repertório da banda convidada. Deixasse que eles mesmo cantassem. Aí Serginho Groissman apresenta os convidados e pede para os Paralamas cantarem. Adivinha o que eles cantam? Isso, Loirinha Bombril... mostrando que não houve nenhuma comunicação entre os convidados e o programa, pois cantar a mesma música duas vezes no mesmo bloco é de lascar.

Mas não pensem que acabou... No bloco seguinte, Serginho comenta sobre racismo e fala quão interessante é a letra de Loirinha Bombril. Pede pra Hebert Viana comentar e, como se jamais a platéia tivesse ouvido a música, pede pra todos prestarem atenção e que a banda do programa cante. E lá se vai, pela terceira vez, a mesma música.

O que há de inteligente nisso?

Na hora das entrevistas, Serginho dirige pra quem deve ser feita a pergunta. Para evitar que algum convidado fique sem falar. Aí ele anuncia: "Pergunta pra Thais..." "Marjorie!" "Paulo! Agora, Paulo!"

Nessa hora um menino pega o microfone e diz... "Eu queria saber da Marjorie..." Serginho interrompe: "Eu fui bem claro, eu disse Paulo... como é seu nome?" E o rapaz: "Paulo". A platéia caiu na gargalhada. Boa tirada do rapaz. Serginho ficou sem graça e, ao invés de aproveitar a piada, resolveu avacalhar. Encheu o saco até o final do programa perguntando toda hora se tinha alguma Thaís na platéia, que a pergunta era pra Marjorie e não que a pessoa chamada Marjorie deveria perguntar e repetiu, repetiu... Que há de inteligente nisso?

Pra finalizar, ele chama duas pessoas da platéia pra entrevistar. Primeiro foi uma menina.

Serginho - Na sua sala, quantos negros tem?

Garota - Negros de verdade? Ou assim, escurinhos como eu?

Seginho - Negros, negros.

Garota - Ah! sei lá, uns 5 ou 6, chutando por alto.

S - A que você atribui isso?

G - Ah! Não sei. Minha escola nem é tão cara, mas é particular, né? E nesse país as pessoas mais claras é que tem melhores condições...

S - Quais seus planos pro futuro?

G - Eu quero me formar, mas quero mesmo é ter uma coisa minha, pra mandar. A minha professora de Português disse que o bom é mandar, e eu concordo com ela. Quero ter uma coisa minha, pra não ser mandada...

Inteligente, não?

Já com o garoto a conversa empacou na primeira pergunta:

S - O que você faria se acordasse amanhã e você tivesse virado mulher?

G - Que é isso, meu? Não... Nada disso...

S - Não. É uma suposição, se você...

G - Nada, nem por suposição. Tem essa, não.

S - Se você pudesse ser outra pessoa, então, quem você queria ser?

G - Eu mesmo.

S - Eu sei, mas se fosse OUTRA PESSOA.

G - O Ronaldinho Gaúcho.


Viu quanta coisa eu perderia se estivesse dormindo? Em tempo, eu não estava dormindo pq tinha um trio elétrico aqui na cidade. E por "aqui na cidade", eu quero dizer quase embaixo da janela do hotel. Ah... e a banda era não-sei-o-quê do forró. Uma banda local. 

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Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...