sábado, 29 de março de 2008

O INDIGNADO

A semana foi de expectativa.

Minha mãe disse que, por causa da ventania, ela não ia pegar o ferry-boat para vir a Salvador, então não estaria na estréia da peça. Na sexta-feira, quando viu Frank Menezes falar meu nome no BA-TV, foi que ela percebeu que o trabalho era proffisional, e não teatro amador como eu tinha feito há 10 anos, e disse que na próxima semana ela vem assistir. Não a culpo. Ela estava escaldada. Já teve que ver uma peça que, na estréia, durou 03 horas! E eu tinha só uma fala, na abertura...o resto das 2 horas e 57 minutos fiquei atrás ajudando as trocas de roupas dos atores.

O jornal A TARDE escreveu sobre o espetáculo e falou de mim... ou quase. Fui chamado de "Damian Barbosa". Se ao menos tivessem chamado Claudio de "Cosmio", a gente poderia fazer uma parceria mais sonora. Mas já foi. Eu, que já era desconhecido do grande público, agora ficaria conhecido como Damian.

O site Bem Resolvida colocou uma nota sobre o espetáculo. Meu nome estava lá. Escrito corretamente, até porque eles já publicaram um texto meu. Tava correto, mas tava sob a foto de Frank. Ou seja, o pessoal não iria saber o meu nome, nem como eu me pareço.

Mandei um e-mail para que corrigissem. Como sei que o pessoal do site não tinha culpa, porque de fato eles não me conhecem, mandei o e-mail pra minha amiga que tem uma coluna lá e que foi quem teve a gentileza de conseguir o espaço ali pra divulgação. Como nossa amizade já completa 20 anos a partir de julho, eu mandei um e-mail numa linguagem própria de pessoas com tal intimidade. O problema é que essa amiga, cujo bom senso não é exatamente o traço marcante de personalidade, repassou o e-mail pra editora do site. Além de desconhecido, agora tenho fama de grosseiro.

Na véspera, tive pesadelo com a estréia. Sonhei que começava passando um filme no início da peça. Eu ficava perplexo porque não lembrava de nada daquilo. O povo ficava incomodado com aquele filme, até que finalmente acabava e entrava o ator, que não era Frank, mas, sim, Jô Soares! Eu podia ouvir o público murmurando: "eu não gosto dele, esse cara é chato". Jô dá as primeiras falas e ninguém escuta. Tentam ajeitar o som. Ele dá mas duas frases e as pessoas começam a levantar alegando que passava das 6 da manhã!

Mas a estréia foi um sucesso. As pessoas riam. E não só riam como queriam participar do espetáculo. Menos na cena em que foram convidadas a participar do espetáculo. Mas a recepção foi muito boa. Meus amigos Andréa, Neuzinha, Patrícia, Silvana e Melchíades estavam lá, além de Beto, claro.

2 comentários:

  1. E por que, dentre os amigos presentes, EU fui quem paguei o mico???? Mas parabéns. Foi merecido!!!! Beijos mil

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  2. Parabéns Dja!
    Apesar d q vc contou mais os desastres anteriores do q da peça ...kkkkk
    Felicidade sempre!
    \o/

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...