domingo, 17 de fevereiro de 2008

Enquanto corria a barca

Preta Gil resolveu processar o Google. Seguindo a linha Cicarreli, Piovanni e Xuxa, Preta Gil quer ser mais uma celebridade famosa anônima. Preta, Preta, Pretinha... eu até concordei com relação àquela publicação de mau gosto, mas processar o Google, não.

O motivo é que quando se faz uma pesquisa no Google imagens por "atriz gorda" o Google sugere "experimente também: Preta Gil". Aliás, situação engraçada acontece também quando se procura "crack". Google sugere: "experimente também: Maconha".

Ao contrário do que parecem pensar Preta e seus advogados, não existe um funcionário do Google que passa o dia associando palavras no mecanismos de busca. Usuários publicam as fotos associando os termos, fazem pesquisa com eles, e o programa os associa.

Ou seja, não é o Google que acha que Preta Gil é uma atriz gorda, são usuários do Google. Bem vindos ao século 21 e ao mundo interativo! Na internet de hoje vivermos da colaboração dos outros: wikipedia, google, youtube. Se alguns são mal intencionados, não se pode culpar os mecanismos. Interferir no Google é um precedente arriscado. Logo vão querer decidir que tal relação que os usuários fizeram não é a melhor e quem pode decidir isso?

Se as pessoas acham que Preta Gil é uma atriz gorda, não vai ser processando o Google que se vai mudar as mentes delas. Eu, particularmente, não me deixei influenciar por essa polêmica. Basta assistir Caminhos do Coração. Quem, em sã consciência, chamaria Preta Gil de atriz, minha gente?

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