Chega de correção!
Não é preciso mais assistir novela pra saber tudo que acontece nelas, sendo que em alguns casos, acompanhar as polêmicas e comentários que circulam na internet são mais interessantes do que acompanhar as tramas na TV.
É assim que acompanho a "importante" polêmica que diz respeito à escolha da música tema da* personagem gay de Claudio Heinrich. Militantes gays discordam (e qual militante concorda com algo?) da escolha da música Robocop Gay. Fizeram protestos, alegando o tom caricato da música.
Militâncias gays sempre protestam toda vez que um efeminado aparece na tela. Até pouco tempo, os protesto tinham uma razão de ser: essa não era a única representação possível para um homossexual, mas era a única exibida na televisão. Restringir todos os homossexuais a efeminados era uma representação pobre, parcial, incompleta. Mas hoje em dia, como as coisas mudaram na televisão e já vemos outros tipos de gays nas telas, fica a pergunta: o que há de errado em mostrar a bichinha afetada e engraçada? Ela não existe? Ela não é gay? Ou os gays tem vergonha delas?
Enquanto isso, os elogios são todos para o casal gay de Paríso Tropical:
É fácil aceitar esse casal de gays que, além de não se tocarem, quer em público, quer na initmidade, ainda são uma espécia de suporte e anjo da guarda das outras personagens. A casa deles serviu inúmeras vezes de albergue para "desabrigados", até que resolvessem suas crises e seguissem suas histórias. Não se incomodaram nem um pouco de terem seu dinheiro roubado, quando hospedaram um trambiqueiro namorado da amiga. Sem contar que emprestaram dinheiro a alguns deles, algumas vezes. Sim, afinal, além de não ter despesas com escola, plano de saúde, roupas e alimentação de filhos, os dois não vão a boates nem usam roupas fashion, o que significa que possuem uma renda muito boa.
A única "crise" do casal foi quando um deles foi promovido, mas não queria ficar afastado do outro, e o outro não queria atrapalhar o futuro dele (Casal gay de 'Paraíso Tropical' vibra com promoção).
Ciúmes, desconfiança? Coisas de que nem o casal protagonista escapou (Pois Paula chegou a pensar que seu namorado a traía com sua irmã) não colam com o casal excepcionalmente perfeito, nem mesmo quando Umberto foi morar com eles e se insinua pra um dos dois. Não digo que precisaria haver traição, mas se até Débora Duarte andou sentindo ciúmes de Reginaldo Farias nessa novela...
Outro ponto a se destacar é que tal casal não tem um, unzinho só, nem um sequer, amigo gay. Nada, nem uma visita, nem um figurante na hora que reuniam grupos pra ver TV, nada.
E é esse modelo que as minorias gays aplaudem e dizem que é aceito pela sociedade? Pois sim. O que eu vejo é que, doravante, cada vez mais as pessoas exigirão dos homossexuais que sejam iguais a Rodrigo e Tiago, sem beijos, sem toques, sem demonstração de afetos. Enquanto que a bichinha, fechativa, trancativa e abalante terá mais um motivo de reprovação, afinal, como provou Gilberto Braga, não é preciso nada disso para ser gay.
* Aviso aos militantes: "personagem" é substantivo feminino e não é usado pejorativamente em virtude da orientação sexual da mesma, ok? (Nesses tempos de caça às bruxas, é bom se prevenir)
É assim que acompanho a "importante" polêmica que diz respeito à escolha da música tema da* personagem gay de Claudio Heinrich. Militantes gays discordam (e qual militante concorda com algo?) da escolha da música Robocop Gay. Fizeram protestos, alegando o tom caricato da música.
Militâncias gays sempre protestam toda vez que um efeminado aparece na tela. Até pouco tempo, os protesto tinham uma razão de ser: essa não era a única representação possível para um homossexual, mas era a única exibida na televisão. Restringir todos os homossexuais a efeminados era uma representação pobre, parcial, incompleta. Mas hoje em dia, como as coisas mudaram na televisão e já vemos outros tipos de gays nas telas, fica a pergunta: o que há de errado em mostrar a bichinha afetada e engraçada? Ela não existe? Ela não é gay? Ou os gays tem vergonha delas?
Enquanto isso, os elogios são todos para o casal gay de Paríso Tropical:
Sem beijo: casal gay de 'Paraíso tropical' acha que a discrição conquistou o público
O que há, afinal, de diferente nesse casal gay que o faz ser aceito pela sociedade? A razão é uma só: eles não transam, nunca trasaram, nem jamais transarão. Esses dois teriam a bênção do próprio Papa para esse tipo de relacionamento. Sequer se beijam. Toda mãe, ao descobrir que seu filho é homossexual, diante da impossibilidade de "curá-lo", e em meio aos questionamento de "onde foi que errei", provavelmente passará doravante a rezar para que ele seja como Rodrigo e Tiago, pelo menos. Homossexual, sim, mas jamais gay, ou bicha, ou viado.É fácil aceitar esse casal de gays que, além de não se tocarem, quer em público, quer na initmidade, ainda são uma espécia de suporte e anjo da guarda das outras personagens. A casa deles serviu inúmeras vezes de albergue para "desabrigados", até que resolvessem suas crises e seguissem suas histórias. Não se incomodaram nem um pouco de terem seu dinheiro roubado, quando hospedaram um trambiqueiro namorado da amiga. Sem contar que emprestaram dinheiro a alguns deles, algumas vezes. Sim, afinal, além de não ter despesas com escola, plano de saúde, roupas e alimentação de filhos, os dois não vão a boates nem usam roupas fashion, o que significa que possuem uma renda muito boa.
A única "crise" do casal foi quando um deles foi promovido, mas não queria ficar afastado do outro, e o outro não queria atrapalhar o futuro dele (Casal gay de 'Paraíso Tropical' vibra com promoção).
Ciúmes, desconfiança? Coisas de que nem o casal protagonista escapou (Pois Paula chegou a pensar que seu namorado a traía com sua irmã) não colam com o casal excepcionalmente perfeito, nem mesmo quando Umberto foi morar com eles e se insinua pra um dos dois. Não digo que precisaria haver traição, mas se até Débora Duarte andou sentindo ciúmes de Reginaldo Farias nessa novela...
Outro ponto a se destacar é que tal casal não tem um, unzinho só, nem um sequer, amigo gay. Nada, nem uma visita, nem um figurante na hora que reuniam grupos pra ver TV, nada.
E é esse modelo que as minorias gays aplaudem e dizem que é aceito pela sociedade? Pois sim. O que eu vejo é que, doravante, cada vez mais as pessoas exigirão dos homossexuais que sejam iguais a Rodrigo e Tiago, sem beijos, sem toques, sem demonstração de afetos. Enquanto que a bichinha, fechativa, trancativa e abalante terá mais um motivo de reprovação, afinal, como provou Gilberto Braga, não é preciso nada disso para ser gay.
* Aviso aos militantes: "personagem" é substantivo feminino e não é usado pejorativamente em virtude da orientação sexual da mesma, ok? (Nesses tempos de caça às bruxas, é bom se prevenir)
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