terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Ajoelhou... come o milho!

O mais fote argumento usado pelos conservadores americanos para proibir a união civil entre pessoas do mesmo sexo pode ir por terra: o de que o casamento é para procriação.

A Aliança de Defesa do Casamento do Estado de Washington propõe que os casais heterossexuais americanos provem que têm condições de ter filhos e que tenham até 3 anos para procriar, sob pena de terem seus casamentos anulados.

Bom, claro que essa lei não será aprovada, disso ninguém se preocupe, mas serve para acabar com o verniz de "lógica" na argumentação daqueles que negam direitos civis às pessoas por causa de sua orientação sexual. É encarar que é preconceito, sim. Tão irracional como proibir negro de sentar nos ônibus em que tivesse branco em pé, ou mulher de votar.

O engraçado é que, enquanto acho "natural" essa postura reacionária por parte dos americanos, também acho que é de lá que virá a mudança. O Brasil ensaia, ensaia... mas não toma fôlego. Bem verdade que o governo prepara umas iniciativas discretas, "comendo pelas beiradas" como se diz, mas muito cauteloso. A inclusão de companheiros nos planos de saúde de servidores públicos está sendo discutida... para o ano que vem! O motivo de tanta demora, não se sabe. Também não sei se, no frigir dos ovos, vão interpretar que "companheiro" é afiliado ao partido político fundado pelo presidente da república.

Mas "malemal" é a parte do governo sendo feita. Falta a sociedade pressionar, falta a visão de que essa luta é mais do que garantir direito dos gays (apesar de ser isso também), mas é uma evolução no sentido de que nossas leis se pautem menos em conceitos religiosos ou opiniões pessoais e mais em humanidade, justiça, igualdade...

Um comentário:

  1. Pois é amigo... E eu, infelizmente acredito que , no final, eles vão entender que "companheiro" é afiliado ao partido político fundado pelo presidente da república... Brasil, mostra a tua cara. beijos

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Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...