terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Seja sempre a nossa voz!

Ontem eu escrevi sobre liberdade de expressão. Domingo eu comentava sobre não ter um contador no blog pra não ficar vítima da busca pela audiência. Comentei que quando eu escrevi sobre o BBB recebi uma chuva de comentários, e hoje evito escrever sobre isso, porque tudo que podia ser dito já foi, e eu que não vou escrever pra gerar "IBOPE".

Pois bem, o meu post sobre a Banda Cor de Mel repercutiu mal. Não pretendo ficar no meu blog me desculpando pelo que digo quando desagrade a fulano ou a beltrano, mas não custa esclarecer as coisas para não atingir injustamente às pessoas. Então vamos aos esclarecimentos:

1 - Esse blog é lido, a princípio, pelas pessoas que me conhecem. Tudo que digo aqui é dito em conversas com os amigos, de maneira informal. Tenho consciência da abrangência da internet, mas também sei do volume de pessoas que, neste momento, despejam suas idéias aqui, então não tenho pretensões de ser formador de opinião. O que eu digo é o que penso, e não creio que ninguém vá seguir. Pelo menos eu espero que não. Acho que são só coisas pra se pensar.

2 - Construí o texto do post usando canções da Banda Mel, porque gosto da banda, porque ela está na memória de povo baiano, porque fez um tremendo sucesso. E não falo desse sucesso de hoje, fenômeno apenas da mídia, que aparece e some. Quem tem alguma memória afetiva pela música que diz "põe o canudinho na boca"? Agora comece a cantar "força e pudor, liberdade ao povo do pelô", pra ver a reação de quem viveu essa época!

3 - A piada sobre as cantoras da banda foi feita por um amigo, como está escrito no post, e diz muito mais respeito ao jeito de ser dele do que qualquer coisa. Eu usei a expressão "como sempre, resolveu a questão". Qual era a questão? Qual das duas cantou tal música. Gerou uma polêmica na mesa, onde saímos sem saber por causa da interrupção de Lucas, que não respondeu nada.

4 - Depois eu passo a relatar o que houve no primeiro ensaio que me deixou puto. Mas isso não tem nada a ver com os artistas.

5 - Falo também que não aceito os argumentos de pessoas que aceitam tudo em nome do talento dos artistas. Bom, aí é meu jeito de ser. Já falei aqui, várias vezes, que por mais que eu goste de determinado artista, não me considero fã, de babar por qualquer coisa que o artista faz. (Exceto minhas recentes quedas por Jussara Silveira e Mart'nália, ok?). Também não sou do tipo que exige que o artista esteja sempre sorridente e disposto a atender o público depois do espetáculo. Tem vezes que a pessoa está exausta e o povo lá querendo mais. Acho que tem que ter respeito dos dois lados. Mas em nenhum momento, em meu texto, neguei que aqueles 3 fossem talentosos. E quem seria eu pra dizer isso? O talento deles está comprovado, justamente pela muvuca que se forma em cada show. Mas eu não concordo com esse pensamento, não acho que vale a pena se submeter a qualquer coisa pra ver um artista. Acho que tem que ter organização, respeito com o público.

6 - Pra finalizar, meu texto foi postado 7 dias depois do ocorrido. Durante esse tempo, eu esperei ver uma nota de alguém lamentando o fato, dizendo que foi um incidente à parte, etc. Seria compreensível, mas não li nada, e isso significa que quem estava à frente achou natural, mas o público também achou e acha, e não só com a Banda Cor de Mel, isso acontece o tempo todo. O que me atinge é que eu não me importo com o que acontece no show de "Não-sei-quenzinho do Samba" ou de "Harmonia do Calypso com Pagode", porque lá eu não vou. Eu me importo o que acontece em shows que me interessam. E o da Cor de Mel me interessava, muito. Mas se isso é natural, como faz crer o comportamento de todos, se só eu me surpreendo com aquilo, nem lá eu posso ir.

Como eu disse, isso não será uma constante nesse blog, e continuo escrevendo o que penso, com as pessoas podendo discordar nos comentários. Afinal, os comentários não tem moderação e eu não apago um sequer, pois se digo o que quero, devo estar disposto a ouvir o que não quero. Mas nesse caso específico, a pessoa que ficou ofendida merece respeito e explicações, até porque não foi minha intenção ofendê-la ou criticá-la.

Um comentário:

  1. Menino, até eu que não tenho nada com isso aceito as suas explicações! Abafe! beijos

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