domingo, 7 de janeiro de 2007

Só quem viu entente.

Sábado fizemos hamburguer aqui em casa e convidamos Benício e Vitório (foto) para virem. Com um grupo desse, claro que o assunto descambou para as grandes questões filosóficas que afigem a humanidade.

Resolvemos algumas, outras deixamos pra outro dia. Em meio a assuntos tão profundos e importantes, discutimos a posição da Igreja Católica em relação à Maria. Tem um texto bíblico que diz:
Mateus 12:46
Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.

Mateus 12:47
E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.


Ora, Jesus tinha irmãos e nada nos indica que todos tiveram nascimentos miraculosos. Mas a igreja insiste em dizer que Maria ficou virgem até a morte e que esses "irmãos" na verdade seriam "primos". Foi aí que a coisa desandou - parte 1. Imaginamos o seguinte diálogo entre Maria e a hipotética Joana, mulher de seu irmão:

- Joana, ô Joana.
- Oi, Maria. Que foi?
- Joana, me empresta os meninos aí, que eu vou lá falar com Jesus que tá na praça pregando de novo.
- Não, Maria. Meus meninos cê num leva pra isso não. Não venha botar meus meninos nisso, não.
- Mas Joana, é pra que se cumpra a profecia...
- Nada disso, Maria. Meus meninos não bebem, não fumam, não cheiram e nem se metem em profecia! Se seu filho tá metido nisso, problema seu.
- Mas Joana, me empresta aí os meninos, só pra eu ir lá. Porque tem que ir eu e os primos de Jesus.
- Que nada Maria, vá pegar os primos por parte de José, que é da linhagem de Davi.
- Mas Joana...
- Não tem mais , nem meio mais. Vê Isabel aí, como é que tá. João foi se meter nesse negócio de profecia e cortaram a cabeça dele. Meus meninos não se metem com isso, não, Maria!


Depois dessa reconstituição do fato histórico, brilhantemente apresentada por Vitório, nosso concílio decidiu que os irmãos deviam ser irmãos mesmo, e que o nascimento virginal foi só do primeiro filho.

A coisa desandou - parte 2 e um grande segredo também foi revelado nesse dia: Irmã Dulce e Mãe Menininha foram amigas de infância! Estudaram juntas no ICEIA. Os seguintes diálogos, trazidos até nós também por Vitório, revelam toda essa história:

Dulcinha - Pai, ô pai. Sabe o que Menininha leva na lancheira?
Pai - O quê, Dulce?
Dulcinha - Acarajé e pipoca! Como alguém lancha só isso? Eu, hein! Eu prefiro meu panetone.

Menininha - Dulcinha, vc quer ir no caruru lá em casa?
Dulcinha - Eu, não, Menininha porque meu pai falou que é de "prefeito". E que a gente não pode comer caruru de "prefeito".
Menininha - Né de PRE-CEI-TO, não, Dulcinha, é pra Santa Bárbara. Vc não gosta de Santa Bárbara?
Dulcinha - Gosto, então eu vou.
Menininha - Tá, mas vá de vermelho!

Dulcinha - Pai, ô pai. Menininha, hoje lá na sala, caiu no chão e se debateu toda. A pró disse que é epilepsia, mas eu acho que é não...
Foi uma longa e divertida noite.



4 comentários:

  1. Só exclarecendo que não sou padeiro ou confeiteiro. Não tem nada de bolo. Tem impossibilidade material de estar ao mesmo tempo, em dois lugares diferentes!

    Outra: Tira aquela foto de Wagner com Beto. Horrível! PeloamodeDeus! Pior é imaginar que mal começou e ele, que surgiu exatamente dos sindicatos, já despreza os companheiros de luta!! Arr...

    Axé!

    ResponderExcluir
  2. Olha, o cometário que eu gostaria de fazer eu não posso, então, na impossibilidade, digo somente que deve ter sido uma looooonga noite, gassasadeuxxxx. Beijos

    ResponderExcluir
  3. Djaman, meu querido, vocês chuparam que droga... hahahahha... quase me engasgo de tanto rir!!!

    ResponderExcluir

Os comentários são moderados, mas não são censurados. Caso seu comentário não vá ser exibido, uma explicação será dada.

Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...