segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Abre as asas sobre nós!

O Fantástico divulgou as cenas do americano mijando na bandeira brasileira.

O primeiro protesto que eu vi na internet foi numa comunidade do orkut chamada LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Ora, o americano exerceu apenas isso, sua liberdade de expressão. O dono da emissora tem razão, a constituição deles protege o direito do apresentador de falar o que quiser. Se a comunidade brasileira for economicamente ativa, ela que promova um boicote aos anunciantes do programa e a coisa se resolve. É assim que as coisas funcionam nos Estados Unidos.

Ao colocar as palavras do empresário, entre aspas, comparando os sentimentos dos dois países em relação às bandeiras, dá a entender que a nossa foi tratada de forma diferente da americana. Não é bem assim. Os americanos respeitam muito sua bandeira, é verdade. Mas também a usam em protestos, queimando-a. Tudo bem, eles não mijam na bandeira, mas ao queimá-la expressam bem o que querem dizer. Assim, a bandeira é um símbolo importante, mas não está acima dos interesses das pessoas, nem do direito delas de protestarem. É assim que se pensa nos EUA.

Muitas pessoas teriam o raciocínio de que o Estado deveria interferir, criando leis que proíbam pessoas de falarem coisas que ofendam às minorias, sem que as minorias precisem boicotar nada. Muitos querem um Estado paternalista que faça as coisas por ele. Outros vão pensar que seria muito bom se uma lei protegesse a bandeira nacional, tornando-a inatacáveis. Bom... na verdade tem. Chama-se Brasil. Mas o apresentados de TV não está aqui no Brasil. Ele está nos EUA. Ele está falando contra os brasileiros que saíram do Brasil (onde tem essas desejosas leis) e foram viver nos EUA (com sua excessiva liberdade de expressão e desrespeito aos símbolos pátrios). Pode parecer injusto que só os economicamente ativos ou com direito a voto podem se juntar e boicotar ou pressionar seus políticos, mas é isso que faz um país capitalista. E foi atrás disso que essas pessoas foram.

Não dá pra querer viver nos EUA e querer que se apliquem as leis brasileiras. Como não dá pra ususfruir do capitalisto querendo uma intervenção total do estado. A "terra das oportunidades" tem seu preço. Na minha opinião, o máximo que o governo brasileiro poderia fazer era emitir uma nota de repúdio contra esse ignorante xenófobo. E só.

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