sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Le fudez vouz

Sexta-feira, 22, foi o primeiro ensaio da Cor de Mel, antiga Banda Mel.

Na véspera, falávamos sobre a banda e discutíamos se tinha sido Márcia Short ou Alobened quem cantava Crença e Fé. Lucas, como sempre, resolveu a questão: "Não importa, as duas foram dar a volta no mundo, não chegaram a nada e voltaram pro mesmo lugar".

Apesar dos comentários de Lucas, decidi: "Eu vou pra ver". Recebemos cortesias e resolvemos ir de táxi, pra evitar confusão no estacionamento. Como no convite dizia que o pessoal da cortesia deveria chegar até às 20:30, saímos cedo.

O tráfego estava modificado e não poderia subir de carro. E lá fomos nós, "subindo a Ladeira do Pelô." A possibilidade de rever a banda "alegrou meu coração", " a saudade bateu que doeu ". O local estava absurdamente cheio, mas não por causa da banda. Tinha um coral de crianças cantando. Para passar pela multidão seguimos o esquema de "Oi vá de lado, vá de lado. Vá de banda. Oi vá na frente que depois eu vou atrás", já velho conhecido nosso dos carnavais fora da corda.

Ponderei se o pessoal da produção da banda não estaria sabendo daquele evento, porque era bem em frente ao local do show da Banda Mel. Nos dirigimos com dificuldade pra entrada, mas lá tava um tumulto.

E era um empurra pra lá ( Ae, ae, ae, ae), era gente forçando a passagem ( Ei, ei, ei, ei), era gente tentando meter a mão em seu bolso ( Oô, oô, oô, oô, oô, oô, o). E lá na frente não entrava ninguém. Achei estranho porque o show estava marcadao pras 19 horas e já passava das 20. Com muito esforço Beto abriu passagem chegou até o portão e recebeu a informação: "Não entrava mais ninguém com cortesia". Ora, antes das 20:30 nós já estávamos lá e eles não deixavam ninguém entrar, então não poderia ser por causa do horário. Nem pensei duas vezes, o retorno da Banda Mel se revelou uma "barca furada". "Nosso povo não quer besteiras, Nosso povo não mais se engana", então decidimos sair daquela muvuca na mesma hora.

Ficamos na praça ainda mais um pouco pra encontrar com amigos que estavam chegando e anunciar nossa decisão de ir embora. De repente uma confusão. Aquele afastar repentino de pessoas, abrindo uma roda e significando que logo adiante "o pau comeu". Logo depois a confirmação, um segurança bateu num rapaz que indignado protestava: "A gente paga e vem pra cá apanhar?"

Dias depois, leio no orkut algumas pessoas defendendo a produção, argumentando que os artistas são muito bons. Inclusive o tal rapaz que apanhou, outro que teve o celular furtado, outro que não conseguiu entrar. Ou seja, em nome do talento dos artistas desculpa-se qualquer desorganização, qualquer falta de respeito, qualquer violência com as pessoas. Que falta de força e pudor dessa gente que, dificilmente, "faz protesto, manifestação". Infelizmente, "essa visão do mundo permanece, ainda não modificou". Talvez EU deva dar a volta no mundo. Pois sou búzios sou revolta, arerê.

Eu não vou a mais show algum da Banda Cor de Mel, a não ser que me paguem, e bem. Quanto ao argumento de que eles são talentosos e que por isso podem fazer show de qualquer jeito, com produção descuidada e tudo o mais, acho que quem age assim "na vida, não brilha, não brilha, não brilha".

Cada frase em destaque é de uma canção da Banda Mel. Diga o nome de todas nos comentários e ganhe um ingresso do show.

3 comentários:

  1. Por isso que eu não fui e nem deixei Allan ir (o fato de a gente estar viajando, foi uma mera desculpa, friamente calculada!) Babadão, hein amigo... Bom, o que eu posso dizer? Oh Hamiltin Boy, me desculpe.. Rsss Beijos

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  2. Agora só falta você ir pro show de calipso e nos contar a odisséia... kkkk. Porque a ilíada de sua amiga, inclusive com o incidente do "pé", eu já conheço... Por assim dizer.. Abs.
    P.S. Te linkei lá no carpe diem, viu? Briga não...

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  3. Gente esse pessoal da produção naum tem experiencia em porra nenhuma! Sao pessoas q estao tentando fazer pra acontecer!

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...