quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Dando um tempo

Quando um relacionamento está com problemas é sempre bom parar e, com calma, relembrar aqueles primeiros momentos, aquela sensação de quando se conheceram, algumas histórias engraçadas, ternas, felizes.

Lembro que comecei um blog pelo IG. Foi lá que constatei que meu blog era lido pelas pessoas sobre as quais eu escrevia. Foi lá que recebi os primeiros comentários. Foi lá que encontrei pessoas que entendiam o que eu falava, ainda que outras, não. Comecei a gostar daquilo e assinei o SuperIG, pago, para ter mais recursos, mais postagens, etc. Lá eu escrevi coisas legais como:


08/04/2004 11:47
Pleno feriadão e eu aqui, sem nada pra fazer... A carteira de estudante não chegou, ou se chegou eu não sei porque a porra do DA só vive fechado. Se quiser ir ao cinema tenho que pagar inteira. Mas acho que vou ver "Mad Cristo, Além da Cúpula da Paixão".

08/04/2004 14:42

E o cinema não rolou ainda...


Em compensação estou me deliciando com a ótima programação da TV à tarde. Em um canal, uma mulher está há 20 minutos mostrando aquários. O que virá depois? Uma exposição de protetores de tela para computador?
Em outro canal, Clodovil (ainda é vivo?) ridiculariza o cozinheiro e fazendo chacotas, piadinhas e insinuando que o rapaz é... gay (?!). Vá lá, Maluf chama os adversários de corruptos, por que não isso?
Sou contra a censura prévia na televisão. Acho que o controle remoto é a melhor censura que pode haver, mas certos programas desafiam qualquer bom senso.
O que vcs acham?

09/04/2004 18:43

A Paixão de Cristo

Finalmente fui ver o filme. Quem quiser ir, não precisa se preocupar com a carteira de estudante, o Mutiplex está cumprindo a lei e aceitando o comprovante de matrícula. Aceita também o recibo de pagamento da carteirinha. Mas, se cumpre de um lado, desrespeita ao colocar um aviso dizendo que não pode entrar com alimentos que não sejam da lanchonete do cinema. Ah, tá! Deve ser poque a pipoca deles não engordura e eles abrem cada latinha de refrigerante e colocam um produto que não permite manchar as cadeiras. O pior é que a vendedora de pipoca do carrinho que fica do lado de fora, e que vende pipoca muuuuuuuuuuuuuito mais barato, ainda me advertiu que não conseguiríamos entrar no cinema com a pipoca e o refri. Conseguimos. Mas se nessa terra os responsáveis pelos órgão de defesa do consumidor e do Ministério Público não fossem os frouxos que são, nem aquele aviso teria mais na porta. Mas vamos ao filme. Eu o considero um sucesso... de marketing. Começou com a polêmica do anti-semitismo. Depois foi a história que teria caído um raio no ator, durante a cena da crucificação. Podendo ser apelidada de "película mortífera", matou uma mulher nos EUA e um homem no Brasil. Tenho certeza que há uma história de morte em cada país que estreou. E no final é um filme meia bomba, quanto ao enredo, reproduzindo os últimos momentos de Cristo, com flashbacks de sua vida. De ineditismo, uma cena da infância, em que ele cai e é socorrido por Maria, e outra em que ele fabrica uma mesa. Seguindo a mais pura tradição católica, José nem sequer aparece, na verdade, às vezes tenho a impressão de que os católicos o vêem como um empecilho: se não existisse ficaria mais fácil acreditar na virgindade de Maria. Ou não. No mais é fidelíssimo ao relato bíblico, inclusive no tal "anti-semitismo". Não entendi o porquê da polêmica, afinal a Bíblia diz que foram os judeus que exigiram a condenaçlão de Cristo. Se aconteceu daquele jeito ou não, eu não sei, mas que é assim que tá na Bíblia, é.
O filme vale pelo realismo das cenas do sofrimento, uma sangreira e uma crueldade que deixariam Jason e Fred envergonhados.

12/04/2004 23:14

Dia duro!!!

Faltou luz, como sempre falta luz no Luis Anselmo. Principalmente quando chove. A moça da Coelba diz que é mentira minha, que a última falta foi há 20 dias (elas sempre dizem 20 dias, quando eu reclamo). Mesmo que no dia anterior eu ternha descido os 4 andares pela escada, ela insiste que não faltou luz. Mesmo que eu tenha que desligar a geladeira, com medo da energia voltar e repentinamente queimar meu aparelho, não há registros de falta de energia nos últimos 20 dias. E amanhã, será a mesma coisa. Ainda que eu insista com a simpática moça, que sabe mais sobre a energia do meu bairro do que eu, que moro aqui. Ainda que eu diga a ela que a queda de energia de hoje me impediu de imprimir e salvar o trabalho de filosofia que deveria ser apresentado hoje, ainda assim ela dirá que não há registro de queda de energia nos últimos 20 dias. Não. A gentil moça não tem nada contra mim, nem quer me enlouquecer. Acontece que a Anael tem certas metas para as empresas de energia. E existem uns fatores de manutenção de enregia incompreensíveis que vem na conta de todo mundo. Eles calculam as quedas de energia num determinado período, não sei como. Mas o mais interessante é que quem controla esse cálculo é a própria companhia de energia elétrica. Não é legal? São elas que informam as quedas de energia. E com base nesses dados, da Coelba, a Anael verifica se ela está ou não dentro da meta. Assim, tem razão a garota quando diz que não houve queda de energia nos últimos 20 dias, não importa que dia do mês seja hoje.
Boa noite.
PS. Alguém sabe que diabos é pretório?????

18/04/2004 19:38
Aqui em cima, na página do Blig, tem um banner com uma promoção do Superig + Velox. Quando vai ver você lê, logo de início:

"CORRA! Você só tem até 10/4 para aproveitar esta promoção.
Assine a melhor internet banda larga do Brasil com a conexão Velox e ganhe celulares Oi."

Bom, hoje é dia 18/04. Por mais que eu corra, não vou conseguir chegar a tempo de aproveitar a promoção.
Se o Superig é rápido assim em atualizar as páginas, imagine como é a conexão.
Faça quem quiser, eu avisei.

Pois o SuperIG não era incompetente só na atualização das propagandas. Ele travava muito e, mesmo sendo pago, tinha menos recursos que blogs gratuitos. Nós nos mudamos pro Weblogger. Foi lá que ficamos quando tive pneumonia e fiquei muitos dias sem ir à aula. Lá era divertido, mas como eu tinha uma conta no UOL e lá tinha blog, nos mudamos de novo. Postei sobre Bruna Surfistinha, sobre o secreto amante brasileiro da Barbie e muito mais. Nosso relacionamento não era perfeito. Quantas vezes o tempo de autenticação acabava e eu perdia toda a postagem? Ou os post em duas partes pq o UOL não permitia que consumássemos todas nossas idéias de uma só vez, criando poste assim:

Noite Feliz! (parte um)

O título é de música de Natal, mas serve para relatar ironicamente o meu reveillon.

O elenco:

Denize – dona do apartamento na Barra onde se desenvolveu parte da ação.

Alberto – proprietário e condutor do veículo Palio onde se desenvolveu a maior parte da ação.

Djaman – esse que vos escreve.

Daniel – sobrinho de Denize.

André – amigo de Daniel.

Beto – irmão de Denize.

Maria Amélia – mãe de Alberto.

Coadjuvantes: Pierine, Marcelo, Noel, e outros dois cujos nomes eu esqueci, desculpem.

Saímos eu, Alberto e D. Maria Amélia do Luis Anselmo e fomos para a casa de Denize na Barra. Lá chegando, resolvemos ir ver um pouco do show do Farol porque a festa estava no começo. Fomos Alberto, eu e Beto. Era o show do Batifun. Muito legal. A Barra estava cheia, mas deu pra gente chegar num local que tinha uma boa visão do palco. No finalzinho do show do Batifun, Alberto sugeriu que ficássemos um pouco mais para que Beto pudesse ver a Banda Calypso. Concordei, afinal ele é criança e não tem culpa de ter gosto estragado pra música. Quando o show da tal banda começou o local estava totalmente tomado de gente. Imaginem se o trio do Chiclete com Banana fosse o único a tocar em Salvador e resolvesse passar o carnaval inteiro parado num só lugar e vocês teriam uma idéia aproximada de como estava aquilo lá.

Beto começou a se sentir incomodado e pediu pra gente ir pra outro lugar. E lá fomos nós seguindo ele. Só que ao invés de tomar a direção de casa, ele partiu pro lado oposto. A gente não entendia, mas era impossível falar alguma coisa e a gente não podia perder o filho dos outros naquela confusão. Então seguimos.

No intervalo entre uma música e outra conseguimos perguntar: “Pra onde você está indo?” Resposta curta e pouco explicativa: “Para a praia”. Não deu pra perguntar mais nada porque começou a tocar A LUA ME TRAIU.

Enquanto seguíamos, sabe-se lá porquê, em direção à praia, eu pensava, sabe-se lá porquê, se haveria agravante no homicídio se a vítima fosse menor.

Chegamos na murada que eu pensei ser o destino final, mas o garoto queria ir pra areia. Acho que os acordes iniciais de Joelma afetaram alguma coisa na cachola dele. A gente disse que era impossível, porque a escada estava toda tomada de gente, e resolvemos voltar. Mas voltar pra onde? Como a gente ia pra Afonso Celso, a razão mandava seguir a Oceânica nos afastando do local do show. Só que quando a gente olhou, tinha gente se estendendo pela avenida e a gente teria que enfrentar uma grande multidão pra conseguir chegar na primeira transversal. Voltamos por onde viemos, passando em frente ao mercado e dobrando na primeira esquina. Com muita dificuldade saímos de lá.

De volta ao apartamento, o carro com os coadjuvantes tinha acabado de chegar. Vou chamá-los só de coadjuvantes, já que as ações deles serão quase sempre em grupo e evita repetições dos nomes. Subimos, esperamos a contagem regressiva, brindamos, nos cumprimentamos e vimos a queima de fogos xôxa em relação à do ano passado.

Nosso próximo compromisso era na casa de Leiane, no Rio Vermelho. Os coadjuvantes seguiram no mesmo carro confortável e com ar que vieram, deixando 7 pessoas para se apertarem num Palio sem ar condicionado.


Noite Feliz! (parte dois)

A disposição foi a seguinte: Alberto ao volante, Daniel, cujo corpo de bailarino espanhol vocês podem conferir no orkut, sentado na frente. Beto, na condição de única criança, amassado como pôde no colo de Daniel. Eu, D. Maria Amélia e André atrás. Denize, que não é nenhuma criança, no colo de André. Levamos 1 hora para andarmos pela Afonso Celso. Para quem não conhece, o trecho é de 3 quadras mais ou menos. O tempo foi mais que suficiente para que um quase esmagado André trocasse de posição, sentando ele no colo de Denize. Apesar de não ter o peso deles no orkut, acreditem a situação não estava confortável. Sem contar que em alguns momentos tivemos que fechar os vidros por causa do povo lá fora. Eu já mencionei que o carro está sem ar-condicionado?

A situação se tornava intolerável. Qualquer coisa que qualquer um fazia era motivo de irritação para os demais. O alvo principal eram Beto e Daniel. Primeiro porque são criança e adolescente e, naturalmente, fazem coisas que irritam os adultos mas eles acham engraçado. Segundo porque a irmã e tia deles estava no carro e dava bronca toda hora. Claro que, se pudéssemos, estaríamos reclamando um com o outro também, mesmo sem haver motivo algum. E se continuássemos a passos de tartaruga por mais tempo, nem sei o que aconteceria. Mas eis que, apenas duas horas depois, nessa situação, saíamos do congestionamento e seguimos pro Rio Vermelho.

Eu não poderia esquecer que, em meio ao inferno, a irmã de Alberto liga pra dizer que estava no nosso prédio, sem a chave de casa. Ou seja, foi só o tempo de deixar o povo no Rio Vermelho, comer algo rapidamente e seguir pra casa.

Feliz Ano-Novo!

Aí, eu encerrei a conta do UOl e desde então estamos nós aqui. Eu e você, meu querido blog. Cheios de lembranças, cheios de bons e maus momentos. Até o dia que nos desencontramos. Mas está na hora de voltarmos a nos entender, não? Sinto sua falta e acho que podemos acertar nossas diferenças.

2 comentários:

  1. Primeira coisa: blog não é obrigação.

    Por isso que eu não penso ainda em fechar o meu. Deixo lá, aberto, pra quando eu quiser escrever alguma coisa. Só tem saído bobagem ultimamente, mas fazer o quê?

    Agora mesmo são 1:09 da manhã e eu deveria estar dormindo pra trabalhar amanhã às 10:30. Enfim, beijos.

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...