Hoje teve show na Casa do Comércio. Fomos eu, Beto, Benício, Alec e Tereza. Bom, outras pessoas também foram, mas com quem eu tenha marcado de encontrar só foram essas aí.
Quem leu o post anterior deve ter achado estranho, porque lá está dito que eu pedi convites pro domingo. Pedi e fui atendido, acontece que domingo tem show de Angela Ro Ro, então o jeito foi comprar ingressos pra hoje mesmo.
Eu não sabia mas tinha uma apresentação de uma banda que ganhou um festival de bandas universitárias. Sinceramente, eu preferia que os universitários se dedicassem mais à conclusão do curso universitário do que a participar de festivais de bandas. Pelo menos, espero que eles sejam melhores naquilo do que nisso. A banda não tinha a menor postura de alguém que estava no palco. Pareciam concorrentes do Show de Calouros de Sílvio Santos e não uma banda que, em tese, já está formada, já se apresenta (ainda que amadoristicamente) e participou (e ganhou) um festival.
O figurino era péssimo. Parecia que eles estavam o dia inteiro com aquela roupa e depois lembraram que tinha que ir cantar e foram correndo. Justiça seja feita, havia uma exceção. A moça que tocava violão. Com sua calça jeans rasgada e sua camiseta preta quase colada ao corpo, tinha a postura de alguém que escolheu a roupa sabendo que seria vista por um público. Até comentamos que ela teria melhor sorte se abandonasse a banda e lançasse sua carreira solo. Pra ser uma autêntica nova cantora de MPB já tinha dois requisistos: tocava violão e era lésbica. Só faltava um banquinho.
Mas qual não foi nossa surpresa quando a menina abriu a boca!? A voz era muito fina, não servia pra cantora de MPB. Outra grande surpresa, e essa acabou de vez com a promissora carreira de cantora lésbica, é que a tal garota era um homem.
Mas lá se foi a banda, cantando ou seja lá como se chama aquilo no jargão universitário. Ao ouvir a canção eu tive a impressão que eles tinha musicado a ata de reunião do DA. Fomos informados que aquela música foi a primeira colocada entre 280 inscritas. Pensei que tipo de música experimental seria a 280ª colocada? Algo como "O Canto Orgásmico do Uirapuru Chupando Manga Rosa". Totalmente incompreendida pelo júri.
No meio da música, um rap. Ohhhhhhhhhhhhhhh. Que coisa original! Impacto profundo... e o cara lá, se achando... se achando o próprio... (não sei o nome de um rapper bom pra colocar aqui como referência, sou totalmente ignorante nessa área). E eu pensando que aquele Davi até poderia ter uma chancezinha no mercado fonográfico. Se largasse aquilo de rap, usasse umas calças mais arriadas e caísse no pagode, lançando os Diplomados do Samba, ou algo assim.
Mas finalmente chegou Mart'nália. Vocês agora se preparam pra que eu descreva a maravilha do show bem cuidado, coreografado, ensaiado, com uma banda da porra, uma back maravilhosa, uma energia boa e tudo o mais.
Não o farei. Só quem sofreu os martírios de ouvir a tal banda universitária mereceu a recompensa daquele show. Só sei que hoje vou usar os convites pra ir ver Mart'nália de novo. E Ro Ro acaba de perder R$ 20,00.
domingo, 26 de novembro de 2006
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