quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Quem meu filho beija...

Bom, não tenho filho, mas o ditado serve pra ilustrar o que estou sentindo. Na verdade, eu pensei ter me tornado tão cínico que estava imune a isso.

Falo do sofrimento por ver alguém querido sofrer. Claro que, em geral, a gente fica triste, sente muito, deseja sorte, torce pela pessoa que passa por um momento difícil. Mas o que eu falo é de sofrimento, daqueles que dá vontade de chorar quando pensa no que a pessoa tá passando, que se sente impotente e incapaz de fazer algo, que, se pudesse, preferia estar passando por aquilo em lugar do outro.

Ao descrever isso, alguém poderia pensar que se trata de uma mãe, um irmão, um amor. Não, não é. É um amigo. Na verdade a intensidade do que estou sentindo, mesmo sendo ele uma pessoa boa, que eu não quero que sofra, me causou estranheza.

Tenho outros amigos, mais íntimos, que estão passando por problemas até piores. Apesar da minha preocupação, com a maioria deles eu não senti como estou sentindo agora, em nível quase físico, a ponto de não dormir direito.

Mesmo levando em conta que estou passando por outros problemas, que provavelmente me tornaram mais sensível, há muito tempo eu não me envolvo assim com problemas alheios. Normalmente só me envolvo no nível da preocupação e do esquentar a cabeça pra tentar ajudar.

Hoje estou sentindo dor, tal a empatia com o caso. Talvez por me identificar com o problema? Por já ter passado por isso? Ou simplesmente por querer muito bem alguém a ponto de sofrer assim com quem sofre.

Não sei. Sei que já odiei essa capacidade, em uma fase da minha vida e achei que tinha "superado" isso, pois eu sofria demais. Agora que ela voltou, sei lá, eu estou achando bom. Acho que posso utilizar esse potencial de uma forma muito positiva.

2 comentários:

  1. "o pulso ainda pulsa..."

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  2. É migo.. Tu é assim mesmo. Senmsível. Por isso te amo tanto. Beijos

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