domingo, 21 de maio de 2006

Nessa cidade todo mundo é d'Oxum

Padre Pinto aderiu ao candomblé. Engraçado que dessa vez a notícia não teve o mesmo destaque de quando ele apareceu dançando na festa da Lapinha.

Naquela ocasião, chamou minha atenção o fato de as críticas dirigirem-se ao fato de ele adotar rituais pagãos. Pouco se falou, e pelo que eu percebi nas pessoas, muitos não perceberam, sobre a sexualidade do padre.

Resumindo: aquilo era uma drag queen louca se saracoteando.

Achei divertido o que ele estava fazendo, por chocar essa Igreja caquética, mas achei errado porque ele era um padre, até onde se sabe, por livre e espontãnea vontade. Se aceitou ser padre e queria seguir um rumo diferente do que aigreja determinava, que deixasse de sê-lo e fosse seguir sua vida.

Numa entrevista para o site Oxente Salvador, tive a certeza de que o padre estava sofrendo de problemas mentais, mesmo. Nessa entrevista ele chama jornalista de puta, chama o cardeal de "filho da puta", diz que queria posar nu pra G Magazine e revela que nunca fez sexo com homens, só com mulheres.

Depois disso, rasparam a cabeça do Pinto (eu que não ia perder essa, já pronta, né?) e ele se diz adepto do candomblé. Passou de um padre ecumênico pra um candomblezeiro que fez votos.

Ontem ele baixou hospital, ainda nãos e sabe porquê. Visivelmente transtornado, na saída, ao ser indagado pela repórter se voltaria pro terreiro, respondeu: "Não perdi nada lá".

Hmmmmmmmmmmm, será o efeito Código da Vinci?

5 comentários:

  1. Eu também. A criatura tá descompensada.Toda essa história é tragicômica.

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  2. Misericórdia! Na fotografia o coitado está parecendo um membro da família Adams se preparando para sessão de eletrochoque.Cruzes!

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  3. A culpa toda é de Isabelita dos Patins!

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  4. Não acho que ele tinha que deixar de ser padre pra sair da sacristia, digo, do armário. Ia ser até legal ter um padre gay, levantando bandeira na parada, fazendo coro com Mott, dizendo que Jesus era gay. Padre gay é nenhuma. Contanto que não sobre pros coroinhas.

    Já pensou um padre gay celibatário? Cool.

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  5. Er, bem. Eu estava até lendo a entrevista - obviamente dei um ctrl+f antes, pra ir direto às passagens em que ele chama a repórter de "puta" e o cardeal de "filho dela". Mas resolvi parar quando vi que foi perguntado ao padre pinto se ele "pousaria" pra revista G.

    Juro. Tentei continuar mas não deu. "Pousar" pra revista é muito acintoso.

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...