Quem pariu Mateus que balance.
Em dois eventos nesse final de semana fiquei incomodado com a presença de crianças. Tanto na Paixão de Cristo, em Lauro de Freitas, quanto no show de Simone Sampaio, no Parque da Cidade, vez por outra tinha uma criança passando pra lá e pra cá ou, pior, parando na frente, fazendo com que vc tivesse que tomar cuidado pra não tropeçar ou empurrar. No drama da Paixão de Cristo foi pior, pq elas conversavam, queriam chegar mais perto do palco, não obedeciam ao povo da produção que dizia onde elas deveriam ficar.
Aí lembrei do mês passado quando fomos jantar no Kirim e duas crianças de mesas diferentes fizeram amizade e passaram a correr e a gritar pelo restaurante.
Quanto aos eventos em local público não há o que se fazer a não ser lamentar. É demais exigir que uma criança fique parada duas horas vendo alguma coisa que não seja da Disney ou que não tenha lutas marciais. É um incoveniente que está dentro do previsto nestes tipos de evento. As crianças estão no patamar de chuvas, acidentes de carro, assalto, falta de gasolina, parente doente, dor de barriga e um monte de outras coisas chatas que podem atrapalhar seu programa.
Mas no caso do restaurante não há desculpa. Ninguém sai de casa preparado para jantar entre berros e esbarrões. Ninguém em sã consciência gostaria de ter um jantar romântico como se estivesse comendo cachorro-quente na Fonte Nova.
Os pais da criança pareciam até aliviados das suas crias estarem longe deles. Ou seja deixaram que seus filhos aborrecessem outros ao invés deles.
Quem decide ter filhos o faz por vários motivos. A paternidade e a maternidade trazem alegrias únicas ao ser humano, muitos só se realizam assim. Mas isso também tem um ônus e querer partilhar esse ônus com os outros é que não dá.
Todo mundo tenta agir naturalmente numa situação com crianças, dizendo que elas são assim, são cheias de energia, não ficam quietas mesmo, etc. Ora, cabe então a quem as pôs no mundo levá-las ao parque, ao clube, à praia, para que corram, pulem e gritem. Restaurante não é lugar de criança brincar. Esses pais que fiquem em casa ou contratem babá, sei lá. Arquem com o prejuízo de terem filhos sozinhos e não queiram minha colaboração.
Já basta o tanto que somos obrigados a aceitar de incômodos e "entender" pelo fato de eles serem crias de humanos. Sim, porque se fossem de outra espécie não teríamos a mesma tolerância.
Engraçado que se em um prédio tem um cachorro filhote, e ele latir de noite, logo vão reclamar com o dono, ninguém quer saber se é da natureza do filhote latir à noite, que ele sente falta da mãe, que ele tem medo, frio, etc. Mas se for um bebê, aí todo mundo tem que aceitar que não há nada a fazer. Não proponho expulsar bebês de prédios, mas afirmo que o incômodo é o mesmo. Somos tolerantes com os de nossa espécie e não com o de outras.
Experimentem viajar de ônibus ou avião (numa viajem mais demorada) com um bebê à bordo para ver que agradável! Só podemos dar de ombros e aceitar. Mas animais tem que ir como bagagem, ainda que não façam barulho e fiquem dentro de uma caixa... é uma discriminação já que o motivo (o incômodo aos outros passageiros) não é levado em conta quando o filhote é humano.
De qualquer forma, não sou obrigado a tolerar crianças mal-educadas e barulhentas em locais onde elas não tem que estar. Os procriadores já causam problemas demais ao mundo, aumentando a população, o que causa escassez de alimento, água e recursos naturais, provocando fome, guerras e mortes. Além disso, apesar de aumentarem o número de usuários dos recursos públicos, eles contribuem menos para esses recursos, já que têm descontos no imposto de renda por dependente. Ou seja, quem usa menos paga mais pra suprir os procriadores. E além disso eu ainda tenho que aturar esses pestinhas???? E você nem pode dar um beliscãozinho de nada, porque vai causar trauma no endiabrado!
Aí lembrei do mês passado quando fomos jantar no Kirim e duas crianças de mesas diferentes fizeram amizade e passaram a correr e a gritar pelo restaurante.
Quanto aos eventos em local público não há o que se fazer a não ser lamentar. É demais exigir que uma criança fique parada duas horas vendo alguma coisa que não seja da Disney ou que não tenha lutas marciais. É um incoveniente que está dentro do previsto nestes tipos de evento. As crianças estão no patamar de chuvas, acidentes de carro, assalto, falta de gasolina, parente doente, dor de barriga e um monte de outras coisas chatas que podem atrapalhar seu programa.
Mas no caso do restaurante não há desculpa. Ninguém sai de casa preparado para jantar entre berros e esbarrões. Ninguém em sã consciência gostaria de ter um jantar romântico como se estivesse comendo cachorro-quente na Fonte Nova.
Os pais da criança pareciam até aliviados das suas crias estarem longe deles. Ou seja deixaram que seus filhos aborrecessem outros ao invés deles.
Quem decide ter filhos o faz por vários motivos. A paternidade e a maternidade trazem alegrias únicas ao ser humano, muitos só se realizam assim. Mas isso também tem um ônus e querer partilhar esse ônus com os outros é que não dá.
Todo mundo tenta agir naturalmente numa situação com crianças, dizendo que elas são assim, são cheias de energia, não ficam quietas mesmo, etc. Ora, cabe então a quem as pôs no mundo levá-las ao parque, ao clube, à praia, para que corram, pulem e gritem. Restaurante não é lugar de criança brincar. Esses pais que fiquem em casa ou contratem babá, sei lá. Arquem com o prejuízo de terem filhos sozinhos e não queiram minha colaboração.
Já basta o tanto que somos obrigados a aceitar de incômodos e "entender" pelo fato de eles serem crias de humanos. Sim, porque se fossem de outra espécie não teríamos a mesma tolerância.
Engraçado que se em um prédio tem um cachorro filhote, e ele latir de noite, logo vão reclamar com o dono, ninguém quer saber se é da natureza do filhote latir à noite, que ele sente falta da mãe, que ele tem medo, frio, etc. Mas se for um bebê, aí todo mundo tem que aceitar que não há nada a fazer. Não proponho expulsar bebês de prédios, mas afirmo que o incômodo é o mesmo. Somos tolerantes com os de nossa espécie e não com o de outras.
Experimentem viajar de ônibus ou avião (numa viajem mais demorada) com um bebê à bordo para ver que agradável! Só podemos dar de ombros e aceitar. Mas animais tem que ir como bagagem, ainda que não façam barulho e fiquem dentro de uma caixa... é uma discriminação já que o motivo (o incômodo aos outros passageiros) não é levado em conta quando o filhote é humano.
De qualquer forma, não sou obrigado a tolerar crianças mal-educadas e barulhentas em locais onde elas não tem que estar. Os procriadores já causam problemas demais ao mundo, aumentando a população, o que causa escassez de alimento, água e recursos naturais, provocando fome, guerras e mortes. Além disso, apesar de aumentarem o número de usuários dos recursos públicos, eles contribuem menos para esses recursos, já que têm descontos no imposto de renda por dependente. Ou seja, quem usa menos paga mais pra suprir os procriadores. E além disso eu ainda tenho que aturar esses pestinhas???? E você nem pode dar um beliscãozinho de nada, porque vai causar trauma no endiabrado!
Deus!! Momentos de lucidez!
ResponderExcluirTenho uma amiga em cuja casa não vou, faz 5 anos. Ela dá cria todo ano. Parece uma rata. São 5 coisinhas "fofas" (se te conhecesse, fosse teu amigo e soubesse teu endereço, as mandava passar um fim de semana no teu ap. kkk).Interessante são os nomes das coisas:o casal prolífico junta uma sílaba do nome de algum parente, outra de alguém natural de Katmandu e outra de algum(a) índio(a) bororo. Imagina o resultado.
ResponderExcluirCom esta entreguei os coitados. Mas eles já sabem. Lá, nunca!
Corrigindo: as mandaria
ResponderExcluirCorrigindo: as mandaria
ResponderExcluirEstás de Parabens!!!!!!
ResponderExcluirTexto perfeito...pq temos que aguentar filho dos outros,
Acontece o mesmo onde moro, a mãe nao contente em acordar cedo para cuidar da sua cria humana, poe a cria na varanda para chorar e acordar o resto do pessoal que dorme tranquilo em um domingo nublado.
"As crianças estão no patamar de chuvas, acidentes de carro, assalto, falta de gasolina, parente doente, dor de barriga e um monte de outras coisas chatas que podem atrapalhar seu programa."
ResponderExcluirai, meu Deus, eu vou morrer de rir.
Me senti representada nesse texto...o pior é a cara feia de todo mundo quando o pirralho vem na sua mesa, estragar o seu jantar romântico com olhadas descaradas, batuque na cadeira e risadas e vc fica encarando sério, alternando entre a peste e os pais, esperando alguém vir remover o incômodo.
ResponderExcluirÉ demais mesmo...
Me lembro de uma festa de aniversario de criança que eu fui ano passado. Me sentia no inferno. Mas até aí tudo bem, afinal, naquele ambiente de criança, eu sou a intrusa.
ResponderExcluirMas criança pentelhando em restaurante, cinema, ou coisas a fins é o fim! Da vontade de bater na criança e ainda mais nos pais que se sentem aliviados em verem suas crias pertubando terceiros e dando folga a eles.
Mas, oras, quem pariu Mateus que o balance!
Obs: Também moro em Salvador.
Excelente!
ResponderExcluirAdorei o paralelo com os animais em aviões, já tive que viajar 2 vezes c/ minhas gatas e é horrível elas terem que correr o risco de morrer junto c/ as bagagens sendo que ficam silenciosas dentro de caixas, enquanto crianças berram como porcos no abatedouro, chutam sua poltrona por trás (infelizmente já vivenciei esses 2 exemplos) e mesmo assim têm permissão de viajar soltas na cabine.
Sem contar as doenças, como crianças são crias humanas transmitem todas as doenças humanas, enquanto cães e gatos só transmitiriam raiva, o que é impossível estando dentro de caixas. E ninguém exige carteirinha de vacinação sendo que criança por ter imunidade em formação é + sujeita a sarampo,catapora, caxumba, tudo transmissível aos adultos!!!
concordo plenamente contigo. Não há nada pior do que crianças mal-educadas em locais publicos..
ResponderExcluirSensacional! Acho fundamental que começamos a manifestar sinceramente este posicionamento, pois até pouco tempo, muita gente sentia o mesmo incômodo, mas não podia sonhar em demostrar, pois seria visto como anormal, insensível ou qulaque coisa parecida.
ResponderExcluirAinda hoje poucos têm coragem, mas é preciso ser dito: criança incomoda quem não tem obrigação de aguentá-las.