domingo, 19 de fevereiro de 2006

Mais um, mais dois, mais três...

Essa semana soube que um amigo teve um filho. Poucos dias depois fui convidado para conhecer o filho de uma amiga. Isso tudo me fez pensar: por que a humanidade continua procriando?

Sim, porque o aumento da população, com a escassez dos recursos naturais, só provoca devastação do meio ambiente, pobreza, fome, guerra...

Em primeiro lugar, ao que me conste, a humanidade não está nem perto do risco da extinção. Pelo menos não pela escassez de exemplares. O mais provável é justamente o contrário: nos extinguirmos devido ao excesso de pessoas, através de uma guerra, talvez nuclear, ou pela destruição da camada de ozônio, por exemplo. Assim, qualquer tese sobre preservação da espécie perde argumento para essa reprodução desenfreada.

Minha amiga Ana Claúdia diz que é uma programação biológica. Bom, a infidelidade masculina também o é e nós não aceitamos esse fato assim como aceitamos a procriação. O ser humano se orgulha de ter superado seus instintos mais primitivos em prol de uma racionalidade e de uma convivência em sociedade, então não pode usar isso como desculpa, quando lhe for conveniente.

Há quem alegue um instinto paternal ou maternal que precisa ser satisfeito. Bom... então por que esse instinto não poderia ser aliado a um senso humanitário (e racional) que fizesse as pessoas adotarem crianças?

Ahá, acho que estou chegando à resposta. As pessoas querem um filho seu, que possua sua carga genética. Alguns povos antigos acreditavam na hereditariedade como forma de se perpetuar eternamente. Quem for cristão pode verificar isso facilmente na Bíblia com as promessas a Abraão feitas por Deus e pelas leis do povo judeu. Não era à toa que os judeus proibiam toda forma de sexo que não resultasse em procriação (homossexualismo, masturbação e sexo fora do período fértil da mulher).

Mas essa explicação religiosa também cai por terra, já que hoje há quem acredite em alma e na sua eternidade.

Assim, querer um filho com sua carga genética não passa de egoísmo baseado em instintos animalescos que não mais cabem. Aguardo as críticas.

4 comentários:

  1. Voto com você!!!! E olha que determinadas crianças não merecem a carga genética de determinados pais... Ouvi uma pessoa dizer, certa feita, que a necessidade de se ter filhos é por causa da velhice... Companhia??? Sinceramente, não entendo...

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  2. As pessoas têm filhos porque bebês são fofinhos. Eu mesmo, adoro bebês. Principalmente ao molho pardo.

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  3. Concordo com Claudinho, mas prefiro ao molho madeira. Sério: essa gente precisa aprender que pode trepar à vontade, sem que seja necessário fazer filhos. O planeta já está berrando, mas insistem!! Não quero estar vivo prá ver o resultado...

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  4. Leí tu comentario Djman y respeto tu punto de vista. Sinceramente creo que todo esto trata el periodo evolutivo. La raza humana evoluciona....como sea..con guerras, aciertos y desaciertos...quizá estos últimos mayores para nuestro punto de vista. No sé si estamos cerca de extinguirnos...pero si sé que estamos haciendo mucho por hacerlo. Siempre trataré de seguir mis preceptos acerca de lo que significa cuidar la vida en sociedad y respeto por el projimo.
    Un abrazo a un gran ser humano llamado Djaman.Vittorio

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Que PI é essa?

Salvador sempre teve um público cativo de teatro que lota salas. Pelo menos, se estivermos falando de peças com atores globais. Não importa...