- Não me diga que não conseguiu!
- Não, não consegui de novo.
- É brincadeira, já é a terceira semana disso... quem está ficando indignada sou eu.
- Mas uma amiga falou que ela vai essa semana e consegue.
- Espero mesmo, porque gosto muito de Frank. Que dificuldade pra se conseguir esse ingresso.
Pensei que já tivesse passado essa busca pelos ingressos de O INDIGNADO, até porque fui lá recentemente e, apesar de a casa estar lotada, algumas pessoas compraram ingressos no mesmo dia. Claro que fico contente com a aceitação do trabalho. Gosto principalmente quando o público diz: "é assim mesmo" ou "eu já passei por isso". Ver as pessoas reagindo ao texto é diferente de ler os comentários do blog, claro. Ouvir as pessoas falando bem sobre a peça também dá uma certa satisfação de ter participado de algo tão elogiado. Dando os descontos da competência da direção, do talento de Frank e do excelente texto de Claudinho, eu sei da minha pequena colaboração nesse processo e isso basta.
Claro que, pros meus conhecidos, é como se eu tivesse virado O autor teatral, e sempre me cumprimentam pelo texto, comentando como se não tivesse ali o nome de Claudio Simões e se ele não fosse o grande autor que é. Claro que quem conhece o talento de Claudinho atribui a ele todo o sucesso pelo texto ignorando o nome de estranha pronúncia e incerta escrita.
Até aí tudo bem.
Também teve gente que disse que gostou da peça, de Frank, mas que o texto não é muito bom. Tudo bem, também.
Agora, o cúmulo da sacanagem, é um cara que quer meter o pau no texto, com todo o direito, e numa crítica até bem fundamentada, eu diria, insinuar que não tem nada de Claudio Simões ali e que o "estreante Djaman Barbosa" deve ter "amordaçado" ele. E ainda escreveu meu nome certinho... DUAS VEZES. Quando é pra elogiar, ou nem me mencionam, como Jean Wyllys no BlogLog, ou escrevem Djalman Barbosa, Djalma Barbosa, ou sei lá mas o quê. Agora na hora de falar mal, acertam meu nome e ainda me atribuem todo o texto... oh! azar, viu? Até entendo que alguém que viu ABISMO DE ROSAS, QUEM MATOU MARIA HELENA, JINGOBEL, e não achou esse novo texto à altura dos demais, questione se a parceria comigo não tenha sido prejudicial pra Claudinho. Mas dizer que eu devo ter "assumido a cozinha", é muito injusto.
O tal Henrique Wagner, autor da crítica, questiona se Claudinho teria convidado o "estreante" (ele repete o adjetivo) por coleguismo ou amizade. Fico me perguntando se não seriam esses os motivos que o levaram, ao se deparar com um texto de que não gostou, a resguardar o "experiente autor de comédias bem sucedidas", como ele bem descreveu.
De qualquer forma, já fiquei contente quando ele, ao falar de mim em relação a Claudio Simões, usou o termo "colega de ofício". Na verdade, até essa crítica, eu era um escritor de blog convidado, por razões já explicadas em entrevistas, para escrever um texto de teatro.
Agora, eu me sinto um autor teatral!
Henrique Wagner ou não entendeu a peça ou escreveu uma crítica com má-fé. Então quer dizer que ele queria ver Édipo-Rei mas foi assistir O Indignado...E ainda cita Adorno. Henrique Wagner cita Adorno mas parece que não tem a mínima idéia do que é cultura de massas. Ele não percebeu que O Indignado é entretenimento? Ou até percebeu mas resolveu escrever uma crítica que ignorasse o que o objeto a ser criticado é (e quer ser)? Será que ele já foi a algum show de Ivete Sangalo e ficou resmungando o tempo todo que aquilo ali não era Schubert? Passa por cima, Djaman.
ResponderExcluirEstou com um comentário que fizeram lá mesmo na coluna do famoso Henrique Wagner: acho que ele não tinha tomado todos os medicamentos! Beijos
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