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Na peça teatral "Vingança, Vingança, Vingança", alguém reclamava de uma amiga: "ela parou de falar comigo, antes de dizer porque ia parar de falar comigo". Assim, a personagem nunca soube o motivo que a outra parou de falar com ela.
A situação surreal aconteceu comigo. E com uma pessoa que eu gosto muito. Esse amigo simplesmente disse, via MSN, que estava aborrecido comigo, não disse o motivo e pronto.
Em outros tempos, ficaria me martirizando, pensando o que fiz de errado, o que poderia ter acontecido, o que teriam dito a ele, etc. No mundo adulto a gente não age mais assim. Ou até age, mas por 30 minutos, no máximo. Perguntei o que havia de errado, umas 2 ou 3 vezes, nas oportunidades seguintes que nos encontramos on line e como ele insistia em não falar, deixei pra lá. Esse amigo não mora mais no Brasil, o que me impede de conversar com ele de outra maneira que não seja via MSN. Acredito até que tenha sido bloqueado ou deletado de sua lista, pois não o vejo mais on line. Pena.
Se esse amigo ainda me ouvisse, hoje eu estaria compartilhando a alegria que estou sentindo com essa peça que escrevi com Claudio Simões (o autor da peça lá do começo). Diria que foi esse amigo quem me convidou para ver JINGOBEL, também de autoria de Claudio. Ou seja, foi através dele que eu conheci Claudinho, e por esse conhecimento, anos depois, eu escrevi uma peça de teatro.
Foi também esse amigo quem me apresentou à música "Stephen Fry" de Zeca Baleiro... Essa música fala de quando o ator britânico, chateado com umas críticas a seu trabalho, desapareceu. Stephen era colega e amigo de Hugh Laurie, mais conhecido como Dr. House da série de TV. Tinha um programa de TV, "A Bit of Fry and Laurie", muito legal. Não sei se Hugh sabia onde estava o amigo ou também ficou preocupado, como todos, com o desaparecimento repentino e sem explicação.
Não sei por onde anda esse meu amigo, nem sei se ele lê ainda o meu blog, mas hoje é aniversário dele, e eu gostaria de lhe desejar felicidades, dizer que ele mora no meu coração e que a gente sempre deixa marcas nas vidas das pessoas que a gente conhece, mesmo que não saiba. Ainda vale o que eu disse aqui, nesse mesmo blog (e quem souber pesquisar vai descobrir de quem estou falando): você é um amigo "daqueles que vieram, passaram pouco tempo, representaram muito e se foram, talvez sem saber o quanto são queridos."
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